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Filhote de veado é resgatado em área queimada no Parque Estadual da Serra do Rola Moça
Os incêndios florestais que todos os anos assolam o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), fizeram mais uma vítima. Desta vez, foi um filhote de veado, recém-nascido, que teve parte de seu corpo queimado e perdeu-se de sua mãe durante incêndio provocado na última quarta-feira (02).
O filhote foi encontrado pelos brigadistas da Amda enquanto faziam o rescaldo (limpeza, com retirada de brasas ou faíscas da linha de confluência entre as áreas queimadas e não queimadas, para evitar o ressurgimento do fogo), e foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, em Belo Horizonte para receber cuidados médicos e alimentação. Pela pouca idade, o filhote de veado não poderá ser solto, mesmo após recuperado, por não ter maturidade para viver sozinho.
Para a superintendente da Amda, Dalce Ricas, o fato mostra que o Parque, apesar dos incêndios, dos cães que nele são abandonados, dos atropelamentos na estrada que o atravessa, ainda abriga animais silvestres. Mas, por outro lado, desnuda a crueldade dos incêndios e a impunidade de seus autores. “A pena prevista em lei para casos como este é de um a cinco anos. Mas, enquanto não for implantado rigoroso e eficiente sistema de vigilância, os incendiários não serão identificados”, lamenta.
A Amda, centenas de instituições e pessoas físicas que atuam e vivem no entorno do parque aguardam resposta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenv. Sustentável (Semad) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF) a ofício em que solicitam implantação, urgente, de diversas medidas de proteção do parque e dos animais silvestres, de segurança de seus frequentadores e dos usuários da estrada.
Os signatários do documento defenderam melhorias na infraestrutura e fiscalização da unidade de conservação, tendo em vista o incremento no fluxo de visitantes. Embora a atividade turística seja importante para o parque, a visitação desordenada pode causar danos irreversíveis a sua biodiversidade.