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ONGs pedem manutenção do CAR no Ministério do Meio Ambiente

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Press release

Belo Horizonte, 16 de maio de 2023 – Organizações ambientalistas, incluindo a Amda, assinaram manifesto contra emendas à Medida Provisória (MP) 1.154/23, que realocam a competência de gestão do CAR, atualmente no MMA, para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Previsto no Código Florestal de 2012, o CAR já foi adiado cinco vezes, por iniciativa dos ruralistas, apoiados às claras ou de forma velada por governadores e pelo governo Bolsonaro. Como o próprio nome diz, o CAR é norma ambiental e justamente por isto é alvo da chamada “banda podre” do agronegócio.

Para Dalce Ricas, superintendente da Amda, os ruralistas não desistirão enquanto houver uma árvore de pé na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica ou animal silvestre vivo na natureza. “Não dá para entender tanto ódio contra o meio ambiente e tanto desprezo pela ciência Isto é “cuspir no prato que comem”, pois a agropecuária depende da chuva e da biodiversidade”, diz.

O Código Florestal completa 11 anos em 2023, com apenas 0,4% dos cadastros rurais validados, segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Minas Gerais por exemplo, está entre os estados que nem começaram a analisar os cadastros já feitos, refletindo, segundo a Amda, posição contrária à proteção do meio ambiente pelo anterior e pelo atual governo.

Para as ONGs, voltar o CAR para o Mapa, além de enfraquecer o MMA, trará mais insegurança jurídica, perda da autonomia dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental e continuidade do adiamento dos prazos para sua implantação. A Amda, além de assinar o documento, enviará mensagem aos deputados de Minas Gerais, solicitando que não apoiem a proposta.