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Prefeitura estuda usar barcos para despoluir lagoa

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Há anos, um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha, sofre com a poluição. Com a proximidade da Copa do Mundo, em 2014, evento que terá Belo Horizonte como uma das cidades-sede, a prefeitura estuda utilizar 11 barcos que prometem despoluir, por hora, cerca de 25 milhões de metros cúbicos de água.

O projeto foi apresentado no início de fevereiro e está em fase de análise pelos técnicos da prefeitura. A proposta leva para o espelho d’água seis embarcações capazes de limpar a água com ozônio e oxigênio. O custo é de cerca de R$ 50 milhões.

O método de despoluição foi desenvolvido pela Universidade da Flórida e testado nos Estados Unidos pela empresa norte-americana Water Management Technologies Inc, proprietária da patente da tecnologia Oxy-PlusTM e única fabricante das embarcações Scavenger 2000.

O Deputado Estadual Neider Moreira (PPS), que levou a proposta e os representantes da empresa americana ao prefeito Marcio Lacerda, justifica que a "a lagoa será o diferencial de BH para a Copa do Mundo. A ideia é dar vida a essa atração que receberá os olhos do mundo inteiro".

Um dos representantes e proprietário da Petroclean Ambiental, Osvaldo de Oliveira Aleixo Rodrigues, garante que este seria o melhor remédio para uma lagoa doente. "A tecnologia é a utilização do ozônio em estações móveis montadas em embarcações", define Osvaldo, explicando que em cada um dos seis barcos haverá um conjunto de equipamentos para despoluição. "A capacidade máxima de operação é de 7,2 metros cúbicos por segundo. Por hora, vamos movimentar e renovar cerca de 25 milhões de metros cúbicos de água da lagoa", explica.

Em cada barco, explica Aleixo, haverá um sistema de sucção. "Ele puxará a água e fará o tratamento com ozônio. Em seguida, a água limpa volta para o ambiente, com uma injeção de oxigênio. Para o lixo na encosta há uma espécie de canhão de alta pressão na parte lateral do barco que lava e direciona a sujeira para a proa, onde é recolhida".

Entretanto, de acordo com o representante da empresa americana no Brasil, Wagner Miranda Colen, a solução depende também do tratamento da Copasa nos córregos Sarandi e Ressaca, principais poluidores da lagoa.

"Eles são responsáveis por nada menos do que 86% da poluição. Por isso, nesses três anos vamos deixar dois barcos por 24 horas na desembocadura dos córregos, mas a Copasa precisa correr com a obra para diminuir o esgoto lançado neles".

O prefeito já pediu mais detalhes sobre o projeto. Nos próximos dias, técnicos da prefeitura irão a Miami conhecer o funcionamento das embarcações

Copasa

A Copasa informou que vem executando várias obras para contribuir com despoluição da lagoa. Estão sendo implantados cerca de 20 quilômetros de redes coletoras e de oito quilômetros de redes interceptoras na margem esquerda da lagoa.A previsão para a conclusão destas obras, orçadas em R$ 16 milhões, é maio de 2011. A empresa também afirma que está prevista a implantação de interceptores em várias regiões de Contagem.

*Com informações do Estado de Minas