Geração de energia solar no deserto do Saara poderia suprir demanda mundial
A instalação de placas solares em apenas 1,2% do deserto do Saara geraria energia limpa para suprir todo o consumo mundial. A afirmação é do professor e PhD em matérias nucleares Mehran Moalem, em entrevista concedida para o site da revista americana Forbes.
Segundo Moalem, a extensão territorial e fatores climáticos únicos, mais precisamente a forte e longa incidência solar diária, tornam o Saara uma usina solar mundial em potencial. Cálculos da Nasa apontam que o deserto poderia gerar cerca de dois a três kilowatts-hora de energia por metro quadrado.
Em um espaço de 355 km² seria possível gerar 17,4 terawatts de energia, quantidade equivalente ao consumo elétrico da população mundial em 2018. Apesar do potencial, o projeto enfrentaria uma grande barreira financeira. De acordo com Moalem, o custo total aproximado é de 5 trilhões de dólares.
Enquanto o projeto não sai do papel, o número de brasileiros que investem na geração de energia solar cresce. Segundo dados de 2018 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), no país há mais de 27 mil sistemas conectados à rede, somando 250 megawatts (MW) de potência instalada. A maior parte está em residências, representando 77,4% do total. Depois aparecem as empresas de comércio e serviços (16%); consumidores rurais (3,2%); indústrias (2,4%); poder público (0,8%); serviços públicos (0,2%); e iluminação pública (0,03%).