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Conheça 10 árvores que atraem pássaros

Conheça 10 árvores que atraem pássaros
Comum nos quintais dos brasileiros

Com grande variedade de biomas, o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. As aves são o segundo grupo de vertebrados mais diverso do país, com cerca de 2 mil espécies reconhecidas. Isso representa quase 20% das aves existentes no mundo todo. Adaptados a uma infinidade de ambientes, os pássaros são comuns até em grandes centros urbanos.

O segredo para atraí-los é manter ambientes bem arborizados. As árvores são fonte de alimento e abrigo para os pássaros, que, por sua vez, polinizam suas flores e dispersam suas sementes. Uma estratégia é selecionar plantas que floresçam e frutifiquem em diferentes épocas do ano, para que a oferta de alimento seja constante.

Outra dica importante é plantar árvores nativas, que as espécies locais já tenham o costume de visitar. Além de agradar as aves, elas se adaptarão melhor ao clima da sua região. Confira lista com 10 espécies que atraem grande variedade de pássaros, que você pode plantar em seu quintal:

Goiabeira (Psidium guajava)

Muito comum nos quintais dos brasileiros, a goiabeira é uma espécie arbórea que cresce até 10 metros. Presente em toda a América do Sul, a planta tem flores brancas, que começam a florescer entre setembro e novembro. As folhas são simples e muito aromáticas.

Seus frutos ficam amarelados quando estão maduros, enquanto a polpa pode ser branca ou rosada. É responsável por atrair diversos pássaros, como os sabiás, que se alimentam diretamente nos galhos e dos frutos que caem no chão. Sanhaçus, saíras e tiês também procuram a goiabeira.

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Ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus)

De casca grossa e flores amarelas, a árvore mede de quatro a oito metros. Os frutos do ipê-amarelo são vagens repletas de sementes, que chegam até 20 centímetros. Quando maduros, eles se abrem e liberam sementes aladas (que possuem alas), o que auxilia na dispersão pelo vento.

O ipê é consumido, principalmente, por beija-flores, a cambacica, periquito-de-encontro-amarelo e o papagaio-verdadeiro, que se alimentam de seu néctar. Já o sanhaçu e a saíra-amarela, optam pelas pétalas das flores, também procuradas por abelhas.

ipe.jpgFoto: Flávio Cruvinel Brandão

Ipê-roxo-bola (Handroanthus avellanedae)

O ipê-roxo-bola é uma árvore nativa da Mata Atlântica que pode chegar até 35 metros de altura. Admirada em todo o país, a árvore do ipê é a espécie arbórea ornamental mais plantada no Brasil.

Após suas folhas caírem totalmente, floresce durante todo o inverno. Nesse período, recebe a visita de várias espécies de periquitos e beija-flores, como o besourinho-de-bico-vermelho, beija-flor-preto e beija-flor-tesoura.

ipe roxo.jpgFoto: Flávio Cruvinel Brandão

Mulungu-do-cerrado (Erythrina mulungu)

Nativo do bioma que inspirou o seu nome, o mulungu-do-cerrado pode atingir até 17 metros de altura. Seu tronco é cascudo e possui belíssimas inflorescências, que são aglomerados de flores em ramos. Durante o inverno, suas flores assumem coloração salmão-escura e se estendem por toda a copa.

Atrai o periquito-de-encontro-amarelo, o periquitão-maracanã, a saíra-amarela e outras aves em busca de seu néctar. Os pássaros, principalmente os da família dos psitacídeos, têm o hábito de cortar as flores no caule para ingerir o néctar da planta.

20801307988_a71ce4bb39_c.jpgFoto: Luis Bacher

Grumixama (Eugenia brasiliensis)

É parente da jabuticabeira e da pitangueira. Os frutos, de coloração amarela ou roxa-escura, são carnosos e suculentos. Quando maduros, atraem mamíferos e aves, como o sanhaçu-cinzento e o serelepe. A copa da grumixameira é bem fechada e os galhos são resistentes. Nativa da Mata Atlântica, a espécie está em risco de extinção.

2940025021_4e57b59980_c.jpgFoto: Marcelo Penna

Palmeira-jerivá (Syagrus romanzoffiana)

Encontrada em grande parte do Brasil, a espécie é amplamente utilizada no paisagismo. Provém vasta quantidade de frutos durante todo o ano, servindo de alimento não só para aves, mas também para mamíferos e insetos. Com flores de pigmentação clara, a planta atrai grande variedade de polinizadores.

Os coquinhos, frutos do jerivazeiro, quando maduros, assumem coloração alaranjada. Cambacica, periquitão-maracanã, periquito-de-encontro-amarelo, jacupemba e gaturamo-verdadeiro são algumas das aves que se beneficiam da polpa adocicada e nutritiva da palmeira-jerivá.

5999883975_e012d6f786_c.jpgFoto: Augusto Pereira

Sapateiro (Pera glabrata)

Presente nas restingas e matas de galeria do Cerrado, a espécie é arbórea e nativa do bioma. Atrai grande variedade de pássaros, como o saí-canário, saíra-amarela, saíra-de-chapéu-preto, tiê-preto, tico-tico, sanhaçu-cinzento, pipira-vermelha, saí-azul, picapauzinho-verde-barrado, juruviara e sabiás.

Com tamanho entre oito e 10 metros, a planta frutifica a partir de maio, época em que seus galhos ficam totalmente carregados de frutos verdes esféricos.

9104579680_9ccd84406d_c.jpgFoto: Mauricio Mercadante

Abacateiro (Persea americana)

De porte grande, o abacateiro pode atingir até 30 metros de altura. Estima-se que haja mais de 500 variedades da árvore. Embora suas inflorescências não possuam pétalas, atraem muitos insetos polinizadores. De março a maio, a espécie oferta frutos maduros e ricos em gorduras monoinsaturadas, que atraem tucanos, sabiás e a jacupemba.

2733948232_1794a1b803_c (1).jpgFoto: Douglas Ramos

Imbiriçu-do-cerrado (Pseudobombax longiflorum)

Também conhecida como paineira-do-cerrado, esta é uma das espécies que atraem beija-flores e abelhas, embora os morcegos sejam os principais polinizadores. Suas folhas caem no inverno, dando lugar às flores, que são brancas e de estames múltiplos.

Os psitacídeos comedores de sementes, como o periquito-de-encontro-amarelo, visitam a planta assim que os frutos começam a amadurecer, em busca das sementes. A espécie é nativa do Cerrado e mede de 15 a 25 metros.

4951962921_6b0b73cbe7_c.jpgFoto: Flávio Cruvinel Brandão

Fruta-do-sabiá (Acnistus arborescens)

Suas inflorescências brancas e perfumadas são responsáveis por atrair uma variedade de espécies de artrópodes e aves em busca de néctar, como beija-flores e a cambacica. Ocorre naturalmente na Mata Atlântica e em florestas pluviais de todo o Brasil, sempre em áreas próximas a cursos d’água.

Seus frutos são arredondados, alaranjados, pequenos e suculentos. Frutifica a partir de outubro, servindo de alimento para a saíra-amarela, gaturamo-verdadeiro, sanhaçu-cinzento, pipira-vermelha e trinca-ferro.

14913004822_7720f81795_c.jpgFoto: Dick Culbert

Fontes:

NISHIDA, Silvia Mitiko; NAIDE, Suyen Safuan; PAGNIN, Daniel. Plantas que atraem aves e outros bichos. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.

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