Cidades europeias adotam políticas para cumprir Acordo de Paris
Cidades europeias disparam na corrida para cumprir o Acordo de Paris, que tem como meta reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
A escolha de políticas urbanas amigas do meio ambiente é um grande passo para cumprir o acordo. Copenhague, a capital da Dinamarca, tornou-se a capital da bicicleta. No ano passado, foram contabilizadas 265.700 bicicletas nas ruas, contra 252.600 automóveis, uma diferença de 13.100.
Em 1970, circulavam em Copenhague 351 mil carros, contra 100 mil bicicletas, mas nas duas últimas décadas assistiu-se a um gigantesco aumento das magrelas, da ordem dos 68%.
Amsterdã
A capital da Holanda já estabeleceu planos e criou fundos para reduzir suas emissões tanto na área dos transportes como na do aquecimento – sua meta mais ambiciosa. A cidade pretende reconfigurar a forma como gera aquecimento no inverno, que atualmente depende 90% do gás natural, responsável por gerar cerca de 30% das emissões. A meta estabelecida é deixar de usar essa fonte em 2050, substituindo-a por outras alternativas, como a queima centralizada de resíduos, que, segundo autoridades locais, produz menos emissões do que a queima do gás natural em cada residência. Atualmente, cerca de 70 mil casas já estão experimentando a técnica.
Oslo
Nos próximos quatro anos, Oslo pretende reduzir em 50% suas emissões de gases de efeito estufa, face aos valores de 1990. A capital da Noruega já colocou seu plano em ação: desde o ano passado, a circulação de automóveis está restrita no centro. As autoridades também incentivarão o uso de veículos elétricos aumentar a rede de ciclovias. Atualmente, a cidade utiliza majoritariamente fontes hídricas para fornecimento de energia. Mas as autoridades estão estudando alternativas limpas.
Estocolmo
A capital da Suécia foi a primeira cidade nomeada como European Green Capital (Capital Europeia Verde), em 2010. O título veio por diversos fatores, como redução da poluição sonora e criação de um sistema integrado de tratamento de resíduos extremamente eficaz. Além disso, 95% dos habitantes vivem a menos de 300 metros de uma zona verde; 80% do aquecimento na cidade é gerado por fontes renováveis; e todos os novos edifícios têm de ser energeticamente sustentáveis.
Paris
A cidade luz planeja uma medida radical: impedir definitivamente o trânsito de veículos em um percurso de 3,3 quilómetros junto ao rio Sena, na zona do Louvre Tulherias, onde circulam por dia 43 mil carros. A ideia é criar zonas verdes na área.