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Apoena vira alvo de represálias por invasores de terra

Apoena administra reserva visada por invasores de terra. Recentemente, criminosos furaram o pneu de um trator da associação.

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Apoena vira alvo de represálias por invasores de terra
Crédito: Apoena

A Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar – Apoena virou alvo de represálias por invasores de terra em Presidente Epitácio, em São Paulo. Recentemente, um trator da entidade teve o pneu furado por uma armadilha. O prejuízo foi estimado em R$ 400,00.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Apoena, os suspeitos lideram grupos contrários à reintegração de posse da área de reserva legal administrada pela associação. O presidente da entidade, Djalma Weffort, disse que os invasores tem frequentemente colocado armadilhas na estrada. O objetivo é danificar os equipamentos da entidade e comprometer suas atividades.

Impunidade

“Aparentemente, esses invasores não aceitaram a decisão da justiça e estão sabotando os nossos equipamentos com a instalação de uma armadilha, que é uma peça de madeira com pregos, com parafusos, que colocam na estrada, de uma forma que, quando a gente passa não vê, fica camuflado na vegetação e acaba furando os nossos pneus”, relatou Weffort.

Além disso, os criminosos recorrem a táticas de intimidação e ateiam fogo na área. Dessa forma, os ataques não só prejudicam os esforços de conservação como também colocam em risco a segurança de funcionários.

A área em questão está sob concessão de uso da associação há 24 anos. Ainda assim, a Apoena virou alvo de represálias por invasores de terra. A entidade sofre ataques sofre ataques constantes de especuladores imobiliários que visam lucrar com a ocupação ilegal do espaço.

Weffort pediu o apoio da comunidade e das autoridades para punição dos responsáveis, visto que a impunidade é o que mais favorece a ação dos criminosos:

“São especuladores imobiliários que querem negociar, fazer comércio em lotes dentro da área pública federal e isso não pode, é reserva legal de assentamentos. Então, uma forma deles de represália, há um tempo atrás, era atear fogo na vegetação. Destroem as nossas mudas, arrancam nossas placas, fazem ameaças contra os funcionários e, de um ano e meio para cá, estão colocando essas armadilhas, chamadas de estrepes. Parece que é um filme de horror, que se arrasta nesses anos todos. Essas pessoas contam com a impunidade, fazem, param um tempo, voltam e não são penalizadas por isso”, enfatizou Weffort.

Com informações de G1.

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