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Roçagens feitas pela Cemig viram potenciais focos de incêndios florestais em Minas

Roçagens feitas pela Cemig viram potenciais focos de incêndios florestais em Minas
Vegetação roçada é deixada para trás às margens do Parque Estadual do Rio Doce. Crédito: Amda/Divulgação

Para proteger suas linhas elétricas contra fogo, a Cemig, através de empreiteiras, roça a vegetação que cresce sob dos cabos de energia. Mas, o não recolhimento da vegetação cortada, aumenta o risco de incêndios florestais. A entidade solicitou ao MP, envio de recomendação à Cemig para tomar providências e tornar contratual a retirada e destinação correta do material resultante das roçagens.

Por diversas vezes, a Amda solicitou à Cemig que tomasse providências para mudar a situação. Para a entidade fica claro que a Cemig não monitora e fiscaliza o que fazem suas empreiteiras. “Talvez, até nem conste dos contratos cláusulas ambientais, como obrigação de retirar o material cortado e destiná-lo corretamente e também avaliar necessidade de roçada, pois dependendo da altura entre as linhas e a vegetação, ela pode não ser necessária”, diz Dalce Ricas, superintendente da entidade.

Técnicos da Amda fotografaram recentemente galhadas já secas nas margens da estrada que dá acesso à Ponte Perdida e margeia o Parque Estadual do Rio Doce, e na margem da estrada entre Piedade do Paraopeba e Casa Branca, em Brumadinho. No ofício, a Amda lembra que além dos danos ambientais, quando a vegetação cortada é incendiada, a rede elétrica pode sofrer danos e resultar em os incêndios desligamentos no sistema.