Cerrado e a Amazônia tem queda no desmatamento em junho
Os alertas de desmatamento caíram 33,6% na Amazônia no primeiro semestre de 2023 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em junho, a destruição foi 41% menor. Os dados são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que emite sinais diários de alteração na cobertura florestal.
A área sob alerta de desmatamento na floresta foi de 2.649 km² entre janeiro e junho, o menor índice para o período desde 2019. Em junho, a devastação passou de 1.120 km² em 2002 para 663 km² em 2023. É o menor número para o mês desde 2018, antes do governo Bolsonaro.
No Cerrado, a destruição só deu uma trégua em junho, quando foram desmatados 876 km², uma queda de 14,6% na comparação com 2022. No semestre, a área sob alerta cresceu 21%. O grande problema no bioma é que a maior parte do desmatamento ocorre com autorização dos órgãos ambientais, o que dificulta a fiscalização.
O percentual de Reserva Legal (área de vegetação nativa que precisa ser preservada em uma propriedade rural) é de apenas 20% no Cerrado. Na Amazônia, esse índice sobre para 80%. Embora sofra grande pressão do agronegócio, o Cerrado ainda carece de proteção.
O Matopiba, fronteira agrícola que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, concentra 83% do desmatamento no bioma. No Cerrado baiano é onde está a maior parte da destruição, com 28,3% da área sob alerta de desmatamento.