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Filhotes de onça-pintada são vistos no Parque Estadual do Rio Doce

Filhotes de onça-pintada são vistos no Parque Estadual do Rio Doce
Crédito: Reprodução de vídeo/Projeto Carnívoros do Rio Doce

O nascimento de três filhotes de onça-pintada (Panthera onca) foi registrado no Parque Estadual do Rio Doce, unidade de conservação que abriga a maior área de Mata Atlântica legalmente protegida em Minas Gerais. As imagens foram feitas por meio de armadilhas fotográficas, acionadas automaticamente ao sinal de calor e movimento.

O primeiro registro foi feito em janeiro, quando as armadilhas captaram a presença de uma fêmea com dois filhotes. Eles foram encontrados na mesma região onde uma onça-pintada macho, capturada no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi solta em abril de 2019. Os jovens aparentavam ter entre um e dois meses de idade.

Depois, mais um filhote, de outra fêmea, com aproximadamente dois anos, também foi avistado no parque. Apesar da probabilidade de os filhotes serem do macho solto na região, apelidado de Juiz, são necessários testes genéticos para confirmar o DNA, explica o coordenador do projeto “Carnívoros do Rio Doce – fase Onças do Rio Doce” e professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Fernando Azevedo.

Além de Juiz, o parque é habitado por outras 12 onças-pintadas, das quais nove são adultas (três machos e seis fêmeas) e três são filhotes. O projeto de monitoramento “Onças do Rio Doce” é executado pelo Instituto Prístino, em cooperação técnica com UFSJ, Ministério Público de Minas Gerais e Plataforma Semente.

A onça-pintada

A onça-pintada, encontrada na Américas do Norte e do Sul, é considerada o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. A espécie depende de áreas com elevado grau de conservação, com disponibilidade de alimentos e suprimento abundante de água para sobreviver.

Como as áreas naturais com estas características estão se tornando raras, devido à fragmentação, destruição e alteração do ambiente pelo homem, as onças têm cada vez menos espaço para viver. Apesar da ampla distribuição no Brasil, a população da espécie não ultrapassa 10.000 indivíduos no país, por isso é classificada como “vulnerável” pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

Com informações de Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

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