População de ursos-pardos dos Pirineus atinge maior número em 100 anos
Os ursos-pardos (Ursus arctos) que vivem na região dos Pirineus, uma cordilheira localizada no Sudoeste da Europa que divide a Espanha e a França, quase foram extintos no século passado. Apesar de a grande maioria ter sido morta por caçadores e fazendeiros, a população de ursos voltou a crescer graças aos esforços para reintroduzir a espécie no local.
Mais de 20 anos após três ursos serem levados da Eslovênia aos Pireneus, a população chegou a 70 indivíduos, em 2021, o número mais alto em um século. Em 2018, eram 52. Segundo dados divulgados pelo LoupO project, iniciativa que monitora os ursos-pardos nos Pirineus, foram identificados 32 machos, 34 fêmeas e outros quatro animais de sexo não identificado.
Também foram encontrados 15 filhotes, nascidos ao longo do ano passado. Desde a primeira reintrodução, em 1996, já foram contabilizados 114 nascimentos.
Ursus arctos
Os ursos-pardos dos Pirineus estão espalhados em uma área de 6.500 quilômetros quadrados e não representam uma ameaça a humanos, uma vez que sua dieta predominantemente vegetariana e eles raramente matam para se alimentar. Onívoros, esses animais se alimentam de plantas, frutos, peixes e pequenos mamíferos.
Também conhecidos pelo seu nome científico Ursus arctos, os ursos pardos tem aproximadamente 3 metros e pesam em torno 450 quilos. Eles vivem cerca de 20 anos. As fêmeas da espécie têm de um a quatro filhotes, que fazem companhia à mãe entre dois e três anos.
Uma curiosidade sobre eles é que esses ursos não hibernam, eles entram em processo de torpor. Esse método os ajuda durante o inverno, época mais restrita quanto à disponibilidade de alimento. A diferença entre torpor e hibernação é que no primeiro estado, os animais conseguem reagir rapidamente em sinal de perigo, enquanto o a hibernação deixa os animais em estado de profunda dormência.