Amda sugere medidas contra atropelamento de animais silvestres
Após reunião com a engenheira ambiental Nádia Silva e o vice-diretor geral do DER/MG, Matheus Guimarães Novais, a Amda formalizou sugestões de medidas para reduzir atropelamentos de animais no Estado. A primeira foi listar rodovias prioritárias para regularização ambiental e implantação de medidas emergenciais, tendo como parâmetro, aquelas que margeiam ou atravessam unidades de conservação e áreas prioritárias para proteção da biodiversidade definidas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
“Entendemos que a proteção e respeito à fauna deve ser “Política de Governo” envolvendo os órgãos da administração pública cujas atividades tenham a ver direta ou indiretamente com o assunto. E sob este contexto o DER é crucial, pois a morte de animais em rodovias já é equiparada ao tráfico. É uma das maiores tragédias ambientais do país”, diz Dalce Ricas, superintendente da Amda.
Implantação de redutores de velocidade junto de placas informativas e construção de travessias de fauna em locais onde o atropelamento já foi observado, e aumento da largura de roçagem das margens das estradas foram sugeridas.
Grande parte dos incêndios florestais iniciam-se nas estradas. O aumento da largura das faixas, além de ser medida preventiva contra os mesmos, pode reduzir o atropelamento de animais, sobretudo de mamíferos. Se o capim está alto o animal sai direto na pista. Uma faixa maior facilita ouvir o barulho dos veículos e as luzes dos faróis antes de atravessarem.
Incluir estudos sobre atropelamento e adoção de medidas nos editais de concessão e construção de rodovias estaduais foi outra providência discutida com os técnicos do órgão.
“Atualmente, o assunto só é incluído quando se inicia a regularização ambiental da rodovia objeto da concessão, e o que se observa é que a maioria das empresas vencedoras das licitações, além de não se importar com a questão da fauna, muitas vezes desconhecem o assunto e são pegas de surpresas com exigências que interferem inclusive nos custos”, diz Lígia Vial, assessora jurídica da Amda.
Atualização do Termo de Referência para estudos sobre atropelamento de fauna foi outro ponto defendido pela Amda, considerando as falhas e deficiências dos estudos elaborados nos poucos processos de licenciamento discutidos no Copam para concessão de rodovias.
A Amda tentou contato com o DER, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.