Plásticos descartáveis são banidos na Alemanha
Cotonetes, talheres, pratos, canudos, colheres e copos descartáveis de plástico não podem mais ser comercializados na Alemanha. Desde o início do mês, está em vigor lei que proíbe a venda desses produtos no país, atendendo a diretiva europeia que visa proteger os oceanos da poluição. Na Europa, até 85% do lixo marinho é composto por plástico.
A medida também veta o comércio de embalagens de poliestireno (isopor), permitindo apenas a venda de itens que já foram fabricados ou que não possuem substitutos viáveis, como lenços umedecidos, cigarros com filtro de plástico e absorventes internos. No entanto, no rótulo desses produtos deve constar um alerta sobre os danos ambientais causados pelo plástico.
Regras mais rígidas
De acordo com a nova lei, o governo alemão ainda privilegiará a aquisição de “produtos feitos com materiais reciclados” em licitações públicas. Assim como a Alemanha, outros países europeus também devem adotar regras mais duras contra plásticos de uso único para atender à Diretiva 2019/904 do Parlamento e Conselho Europeu.
Em vigor desde 03 de julho, a medida tem como objetivo assegurar, até 2030, que todas as embalagens de plástico comercializadas na União Europeia sejam reutilizáveis ou facilmente recicláveis.
“Preservando o valor dos produtos e materiais tanto tempo quanto possível e gerando menos resíduos, a economia da União pode tornar-se mais competitiva e mais resiliente, reduzindo, ao mesmo tempo, a pressão sobre os preciosos recursos e sobre o ambiente”, prevê a diretiva.
Na França, já foi banida a maior parte das sacolas plásticas utilizadas para transportar frutas e legumes, assim como sacos de chá e confete plástico. A Grécia, em fevereiro, baniu os itens plásticos de uso único de suas repartições públicas. Já Itália e Bélgica apostam em taxas e tributos sobre o plástico para desestimular seu uso.
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