Israel é o primeiro país a proibir comércio de pele animal
Israel deu o primeiro passo para acabar com a cruel indústria de pele animal, tornando ilegal o comércio destes produtos em todo seu território. A nova legislação conta com aprovação de 86% da população e entrará em vigor dentro de seis meses.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente israelense, o comércio de peles de animais, importação e exportação, será proibido, exceto para as necessidades de pesquisa, educação e certas tradições religiosas. Portanto, os judeus ortodoxos podem continuar utilizando o “Schtreimel”, chapéu feito com pele de raposa e outros animais.
“Usar a pele e os pelos de animais selvagens para a indústria da moda é imoral e certamente desnecessário. Casacos de pele de animais não podem encobrir a indústria de assassinatos brutais de quem os fabrica”, destacou a ministra de Proteção ao Meio Ambiente de Israel, Gila Gamliel.
Para Gamliel, a assinatura da lei tornará o mercado da moda israelense mais ecologicamente correto e muito mais gentil com os animais. Estima-se que a indústria de peles causa a morte de centenas de milhões de animais em todo o mundo, além da crueldade e sofrimento indescritíveis que promove.
Tendência
Israel segue o exemplo da Califórnia (Estados Unidos), que proibiu a venda de novas peles no estado em 2019, e grandes nomes da moda, como Chanel, Burberry, Gucci , Versace , Michael Kors, Hugo Boss, Jimmy Choo, Giorgio Armani, Macy’s e Nordstrom, que baniram as peles de suas coleções.
No Brasil, São Paulo também foi pioneiro na proibição das peles. Desde 2015, artigos com pele de animais criados exclusivamente para extração do couro são proibidos no estado.