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Com Biden na Casa Branca, EUA retornam ao Acordo de Paris

Com Biden na Casa Branca, EUA retornam ao Acordo de Paris
Biden recoloca EUA no Acordo de Paris. [CC BY-NC-SA]

Quase quatro anos após Donald Trump anunciar a saída do Acordo de Paris, os Estados Unidos retornaram oficialmente ao pacto climático mundial. O retorno cumpre a promessa de campanha do presidente eleito, Joe Biden, que já afirmou ter o combate ao aquecimento global como uma das prioridades de sua gestão.

Firmado em 2015, entre 197 países, o Acordo de Paris tem como meta manter o aumento da temperatura global abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. A saída oficial dos EUA durante o último ano de Trump na presidência, fez com que o país, que é a maior economia e o segundo maior emissor de carbono do mundo, fosse o único de fora do pacto.

O abandono das metas climáticas foi um dos diversos retrocessos ambientais promovidos pelo último governo. Pesquisadores do Centro Sabin de Legislação sobre Mudanças Climáticas, da Universidade Colúmbia, em Nova York, apontaram 159 interferências de Trump na política que minimizaram a proteção ao meio ambiente e estimularam o uso de combustíveis fósseis.

Biden pretende agora recuperar o tempo perdido. Em seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, no mês passado, afirmou que “não podemos mais atrasar ou fazer o mínimo para enfrentar as mudanças climáticas”. Joe propôs aos países europeus, redobrar os compromissos climáticos e prometeu zerar as emissões de carbono dos EUA até 2050. No setor energético, sua meta é acabar com os níveis de poluição até 2035.

“Esta é uma crise existencial global. Todos sofreremos as consequências se fracassarmos”, destacou o presidente. Seu objetivo é cortar os subsídios a combustíveis fósseis, substituir a frota do governo federal por carros elétricos e não emitir mais autorizações para novas perfurações de petróleo e gás em terras americanas.

Em nota, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que “responder às ameaças reais das mudanças climáticas e ouvir nossos cientistas estão no centro de nossas prioridades de política interna e externa. É parte vital de nossas discussões sobre segurança nacional, migração, esforços internacionais de saúde, e em nossas negociações comerciais, econômicas e diplomáticas”.

Para Blinken, a diplomacia climática terá um papel crucial. O governo pretende apresentar ao Congresso um plano para investir US$ 2 bilhões na instalação de “medidas verdes” na economia do país.