Sociedade cobra novo traçado para o Rodoanel Metropolitano de BH
Press release
Belo Horizonte, 03 de fevereiro – A Amda enviou hoje (03), ofício ao vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, solicitando que o governo busque outra alternativa de traçado para a Alça Sul do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte, diante dos gigantescos impactos socioambientais que o traçado proposto causará. O documento contou com a adesão de 52 entidades e 332 pessoas físicas.
Os signatários do documento alertam o governo sobre os impactos da construção, como derrubada de remanescentes da Mata Atlântica nos municípios de Brumadinho e Nova Lima, movimentação de terra com consequente poluição dos cursos d’água, barulho constante que afugenta a fauna e geração de lixo.
Além disso, há os impactos decorrentes da inauguração da rodovia, como atropelamento de animais silvestres – umas das principais causas da extinção da fauna no Brasil – aumento da ocorrência de incêndios florestais e avanço da ocupação humana, que ocasionará a destruição do que restou da Mata Atlântica na região de Brumadinho após o rompimento da barragem do córrego do Feijão da Vale.
Atravessando o vale do rio Paraopeba, o traçado proposto cortará áreas das serras do Rola Moça e dos Três Irmãos, que protegem o manancial de água do Rio Paraopeba, segundo mais importante da RMBH. O Monumento Natural da Serra da Calçada, que abriga relíquias históricas como o Forte de Brumadinho, também será diretamente impactado.
No ofício, os signatários alertam ao governo que “há alternativas de muito menor impacto e custo, que não podem ser ignoradas. O Rodoanel é necessário. Mas não mais que os serviços ambientais, sociais, culturais e econômicos prestados pela natureza”, apontou o texto.