Neste ano, mais de 1,8 mil animais silvestres foram vítimas do tráfico em Minas Gerais

O ano ainda nem acabou e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já registrou quase duas vezes mais apreensões de animais silvestres do que em todo o ano de 2019. De janeiro de 2020 até o dia 11 de agosto, a PRF apreendeu 1.831 espécimes, contra os 963 resgates realizados no ano anterior.

No início do mês, mais de 300 aves que estavam sendo traficadas foram apreendidas no Triângulo Mineiro. Uma única operação na BR 050, em Uberaba, resultou na apreensão de 120 canários-da-terra, 80 bigodinhos, 69 pássaros-pretos, cinco curiós, dois filhotes de arara-canindé e uma estrelinha, totalizando 277 aves.

Outra ação, na BR 365, em Uberlândia, interceptou um traficante que viajava para São Paulo com 43 filhotes de arara-canindé. Em julho, no município de Leopoldina, os policiais encontraram 1.459 filhotes de jabutis. Segundo a PRF, os animais eram transportados em sacos e vários já tinham morrido quando foram encontrados.

Os criminosos fazem de tudo para enganar as autoridades, prendendo os animais em sacolas plásticas, tubos de PVC, garrafas pet e térmicas. Estima-se que a cada 10 animais traficados, apenas um chega vivo até o consumidor final. O número de apreensões nas rodovias federais que cortam Minas Gerais é alto, visto que o Estado concentra as principais rotas do tráfico.

Entre as vítimas mais frequentes estão as espécies da avifauna, como canário-da-terra, trinca-ferro, azulão, coleirinho, pretinho, tico-tico, estrelinha, pássaro-preto, papa-capim e curió.