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Projeto arrecada tampinhas de plástico para custear castração de animais

Projeto arrecada tampinhas de plástico para custear castração de animais

Com intuito de unir sustentabilidade ambiental com proteção à fauna doméstica que moradores do bairro Casa Branca, em Brumadinho (MG), estão arrecadando tampas plásticas e embalagens de desodorante aerossol para financiar castrações de animais de famílias carentes.

“Tampinhas e patinhas” é o nome da iniciativa idealizada pela moradora Loraine Ricas com o apoio de Hélcia Veriato e do médico veterinário Geraldo Juliani. Centenas de tampinhas e embalagens, que dificilmente recebem a destinação correta, estão sendo recolhidas em pontos de coleta em Casa Branca e no distrito de Piedade do Paraopeba para serem vendidas a empresas de reciclagem.

Os recursos obtidos serão destinados à compra de suprimentos e medicamentos para pré e pós-operatório dos animais. A mão de obra da castração será doada por alunos de Medicina Veterinária da universidade Newton Paiva. Os procedimentos que devem beneficiar, incialmente, 30 animais, serão monitorados pelo professor da universidade e colaborador do projeto, Geraldo Juliani.

A campanha de arrecadação teve início há dois meses, mas ainda não angariou materiais suficientes para custear as castrações. “Necessitamos de apoio da comunidade. Antes de cadastrar as famílias, precisamos garantir que haverá verba para o procedimento ser realizado, por isso a triagem só será feita após a venda dos materiais”, explicou Loraine.

Entre os reciclavéis recolhidos estão tampas plásticas de embalagens de vinagre, sorvete, maionese, chocolate em pó, café solúvel, leite, refrigerante, suco, acetona, creme dental, xampu, cola, caneta, remédios e cosméticos em geral, bem como embalagens de desodorante aerossol.

Tecendo com fios e brincando com carretéis

Além do “tampinhas e patinhas”, Loraine e Hélcia possuem outro projeto no bairro Casa Branca, em Brumadinho, que envolve a comunidade no reaproveitamento de materiais. Desenvolvida em parceria a artesã Antonia Pereira, conhecida com Tonha, a iniciativa nasceu da vontade de transformar lixo eletrônico em objetos de artesanato.

Um grande volume de fios de fibra ótica e carretéis era descartado como lixo comum pelas empresas de telefonia e internet locais, o que motivou as moradoras a transformarem os resíduos em cestos, revisteiros, lixeiras, mandalas, anjos de jardim, entre outras peças.

“A parceria com a Intersete Telecom, empresa local, foi fundamental nesse processo. Ela nos doa os fios de fibra ótica descartados e os carretéis vazios. Com essa cooperação, todos assumem um compromisso socioambiental e a valorização da mão de obra local”, destacaram as responsáveis pelo projeto.

Por meio de oficinas, a comunidade local também poderá aprender a confeccionar banquinhos com os carreteis. As peças produzidas pelo projeto podem ser vistas pelo perfil do “Ateliê Religar” no Instagram. Clique aqui e confira!