Amda propõe criação de Monumento Natural em Rio Manso
A equipe da Amda se reuniu com o Secretário do Turismo de Minas Gerais, Marcelo Matte, para discutir o projeto de criação do Monumento Natural do Rio Manso. A reunião, ocorrida no último dia 9, contou com a presença de representantes das prefeituras de Rio Manso e Brumadinho, municípios abrangidos pela unidade de conservação proposta pela Amda com 8.962 hectares.
O manancial de Rio Manso é o segundo mais importante no abastecimento hídrico da região metropolitana de Belo Horizonte. A área proposta para a UC contempla trecho do alinhamento montanhoso formado pelas serras do Curral, Rola Moça, Três Irmãos e Itatiaiuçu, com grande nível de endemismos na flora e fauna e espécies ameaçadas de extinção ocorrentes na transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado.
Atualmente, a região é denominada como Área de Proteção Especial (APE), classificação questionada pela Amda por não ser relacionada entre as categorias de manejo previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), criado pela Lei Federal nº 9.985/2000. A proposta da organização é que a unidade seja de proteção integral, categoria compatível com sua importância ambiental e potencial de uso público.
Na proposta, a Amda ressalta que o monumento contribuirá para a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica típicos do Quadrilátero Ferrífero Mineiro; fortalecerá os instrumentos de proteção do manancial Rio Manso; e poderá ainda contribuir para a criação de um mosaico de unidades de conservação, integrando outras áreas protegidas da região, em especial aquelas situadas ao longo das serras de Itatiaiuçu, Três Irmãos, Rola Moça, Calçada e Moeda.
Além disso, a UC contribuirá para o desenvolvimento sócio econômico da região, em especial dos dois municípios diretamente abrangidos, com foco nas atividades de ecoturismo, turismo de aventura e pedagógico, observação da vida selvagem, visitação científica, realização de caminhadas curtas e longas (travessias), entre outras. Isso amenizaria os impactos financeiros que as cidades sofreram devido às restrições de uso do solo necessárias à proteção do manancial.
O secretário do Turismo recebeu bem a proposta e se comprometeu a atuar de forma conjunta com Germano Vieira, secretário de estado de Meio Ambiente.