Brasil recicla quase todas as latas de alumínio consumidas em 2016
Levantamento da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) revela que o Brasil é quem mais recicla latas de alumínio no mundo. No ano passado, 97,7% das latinhas produzidas em solo brasileiro foram recicladas, contabilizando 280 mil toneladas de alumínio reaproveitadas. O país está à frente do Japão, que reciclou 76% das latas, e Estados Unidos, que reciclou 64% das latinhas consumidas em 2016. Em 2003, o índice brasileiro era de 89%.
“As latas de alumínio para bebidas, que chegam a 110 unidades por brasileiro anualmente, são o principal produto reciclado no país, respondendo por quase 50% do volume de sucata de alumínio recuperada anualmente”, explica o coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da ABAL, Mario Fernandez.
O ciclo de vida do alumínio é um fator que favorece a alta taxa de reciclagem. Em 30 dias, a latinha pode ser comprada, usada, coletada, reciclada e voltar às prateleiras novamente. Com a possibilidade eficaz de reaproveitamento do material, o custo-benefício é grande para a indústria. Em 2016, a coleta de latas foi responsável por movimentar 947 milhões de reais na economia nacional.
Segundo estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), reutilizar a lata de alumínio para fabricação de outra reduz em 70% as emissões de C02 e em 71% o consumo de energia em comparação à fabricação com alumínio primário.
Economia circular
A economia circular é um termo relativamente novo que pode explicar o caso da indústria de alumínio, na qual o segmento cria a demanda para o seu próprio “lixo”. Esse modelo é o contrário da economia linear, que consiste em extrair da natureza, produzir e descartar, o que gera grande impacto ambiental.