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Seminário sobre proteção da biodiversidade através de parques e reservas e blitz urbana contra incêndios fazem parte da programação da Amda para a Semana Mundial do Meio Ambiente

Seminário sobre proteção da biodiversidade através de parques e reservas e blitz urbana contra incêndios fazem parte da programação da Amda para a Semana Mundial do Meio Ambiente

Press Release

Belo Horizonte, 30 de maio de 2017 – Como forma de marcar a Semana Mundial do Meio Ambiente, a Amda realizará diversos eventos abertos à participação pública visando envolver a sociedade na luta pela proteção dos ambientes naturais que restaram em Minas Gerais.

Seminário Proteção da Biodiversidade através de Unidades de Conservação

A escolha do tema deveu-se tanto à importância de parques e reservas particulares como refúgios de animais, plantas e água; quanto aos riscos que sofrem as unidades de conservação em Minas Gerais, representados pelo semi abandono em que se encontram, ameaçadas por incêndios e invasões. A iniciativa privada foi convidada pela Amda a apresentar seus compromissos na proteção da biodiversidade através da manutenção de áreas, como Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), reservas legais e parcerias na gestão de unidades de conservação com o poder público.

O professor associado do Departamento de Ecologia da UFRJ e PhD em Ecologia pela University of Durham (Inglaterra), Fernando Antônio Fernandez, abrirá o seminário com a palestra “Sonhos Loucos e Sonhos Possíveis – Resselvajamento e Refaunação como Estratégias de Conservação para o Século 21”. Fernandez destaca-se na área ambiental por suas falas provocativas e francas.

No segundo dia do seminário, o biólogo e professor associado do Instituto de BioCiências da Universidade Federal de Goiás, Fabiano Rodrigues, abordará o “Papel das Unidades de Conservação na Luta contra a Extinção dos Muriquis”, ação emblemática na luta pela proteção da biodiversidade em Minas. O animal, endêmico da Mata Atlântica e com o maior percentual de sua exígua população, pode ser extinto do planeta pela ação humana.

As ameaças às unidades de conservação de proteção integral (parques e estações ecológicas) serão debatidas na mesa redonda composta pelo Ministério Público, Secretaria de Meio Ambiente (Semad) e Prefeitura de Nova Lima. Pressão implacável, principalmente do setor imobiliário, pela ocupação de suas zonas de amortecimento, colocam em risco a integridade e importância ambiental de parques como o Rola Moça e a Estação Ecológica de Fechos.

O papel da iniciativa privada será abordado pela Usina Coruripe, com foco na RPPN de Porto Cajueiro. A reserva, que possui cerca de 12.000 hectares (ha), foi implantada pela empresa nas margens do rio Carinhanha, na divisa entre Minas e Bahia. A Vale também participará. A empresa é responsável pela proteção da Floresta Nacional de Carajás, com 411.000 ha, e da Estação Ecológica de Suretama, com 25.000 ha de Mata Atlântica ombrófila densa no ES. A mineradora também é proprietária da RPPN de Linhares, no mesmo estado, além das áreas que mantém em Minas Gerais. A Cenibra apresentará suas ações na área ambiental com foco na RPPN Faz. Macedônia, situada em Ipaba/MG, onde ocorre projeto pioneiro de reintrodução de espécies altamente ameaçadas como o mutum da Mata Atlântica.

A última mesa redonda terá como tema o “Panorama das Unidades de Conservação no Brasil: Conflitos, Desafios e Êxitos”, com participação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Amda, abordando o êxito das UCs na proteção de espécies animais e vegetais e os cada vez maiores desafios para implantação e criação de novas unidades de conservação, devido à secundariedade com que o poder público trata o tema ambiental e o ataque constante de setores econômicos, como o ruralista, contra elas.

O evento será realizado nos dias 1º e 2 de junho (quinta e sexta-feira) no auditório do Crea, localizado na avenida Álvares Cabral, 1600 / 6º andar, bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

Terça Ambiental

No dia 6 de junho a Amda promoverá a 68º edição da Terça Ambiental, evento realizado em parceria com o Senac, com o tema “Tragédia no rio Doce: o que está sendo feito?”. O palestrante convidado é Diretora Executiva da Fundação Renova, Andrea Carvalho. A Fundação é responsável por implementar e gerir os programas de reparação, restauração e reconstrução das regiões impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, que ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 e é considerado o pior desastre ambiental do mundo envolvendo barragens de rejeitos.

O evento será realizado às 19h, no auditório do Senac, situado na rua Guajajaras, 40/ 16° andar, Centro de Belo Horizonte.

Blitz Ecológica Urbana

No dia 9 de junho (sexta-feira) a equipe da Amda realizará blitz ecológica no cruzamento entre as avenidas do Contorno e Prudente de Morais, de 9h às 12h. A ação tem como objetivo alertar motoristas e pedestres sobre como evitar incêndios florestais e orientá-los sobre os órgãos públicos que devem ser acionados ao tomar conhecimento dessas ocorrências.

Para a Amda, a pressão da sociedade é fundamental para que o estado avance na prevenção e combate aos incêndios. A blitz contará com parceria e apoio do Hotel Mercury, participação de brigadistas profissionais da Amda e voluntários da entidade.

Que Bicho é Esse?

Na data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Amda lançará, em sua página no Facebook, o quadro interativo “Que Bicho é Esse?”, que apresentará sons de animais da fauna brasileira para que o usuário tente reconhecê-los. A entidade responderá quem é o “dono da voz” informando nome, habitat, costumes e ameaças. A finalidade é despertar curiosidade e levar conhecimento, principalmente sobre animais ameaçados.

Clique aqui para curtir a página da Amda no Facebook e acompanhar o projeto “Que Bicho é Esse?”.

Solicitação de Inquéritos Civis ao MP Estadual

Ainda como parte da Semana Mundial do Meio Ambiente, a Amda enviará ao Ministério Público de Minas Gerais solicitação de abertura de diversos inquéritos civis contra municípios que recebem ICMs Ecológico por Áreas de Proteção Ambiental (APAs) municipais que existem somente no papel. Para a entidade, o fato constitui crime ambiental.

Estudo realizado pela Amda constatou que praticamente todas as APAs investigadas não possuem sede, funcionários e não contam com medidas de proteção contra fogo, desmatamento e degradação de Áreas de Preservação Permanente (APPs). Mesmo assim, continuam a receber recursos provenientes dos ICMs, cujo processo é de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que alega não ter recursos para realizar a fiscalização prevista na norma legal, visando constatar a autenticidade das informações disponibilizadas pelas prefeituras.

Para mais informações: (31) 3291-0661 / 9.9879-7076