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Aprovados no concurso da MGS para guarda-parque podem estar falsificando comprovantes de experiência
Denúncias de que candidatos aprovados no concurso da MGS estão apresentando declarações falsas para comprovar experiência em funções nas unidades de conservação, aumentaram ainda mais a revolta de ex-funcionários dos parques demitidos pela Cristal em fevereiro do corrente ano. De acordo com o edital, o aprovado deverá comprovar um mínimo de seis meses de experiência na atividade na qual irá exercerá quando assumir o cargo. A comprovação deve ser feita por meio de registro de contrato de trabalho na CTPS ou declaração de Pessoa Jurídica de Direito Público ou Privado, da qual deverá constar CNPJ e firma reconhecida.
De acordo com os denunciantes alguns dos aprovados não possuem experiência na função, mas as declarações foram aceitas pela MGS sem verificação da veracidade. Karina Bonamichi, coordenadora de admissão da MGS informou à Amda que a experiência mínima exigida no edital não precisa ser necessariamente dentro de unidades de conservação. O candidato deve já ter exercido algum cargo com funções equivalentes às descritas no edital, fora das mesmas.
O processo de seleção, conforme denúncia veiculada pela Amda, não deveria ter validade pois as questões das provas nada tiveram a ver com os cargos abertos para concurso. Mesmo assim, tanto a MGS quanto a Semad/IEF recusaram-se a aceitar as ponderações e diversos ex-funcionários, com anos de experiência não passaram nas provas, prejudicando as unidades de conservação e causando revolta entre os mesmos.
“A seleção feita pela MGS foi errada, pois não priorizou experiência nas unidades de conservação. E agora ainda surgem denúncias de que mesmo a experiência mínima de seis meses não está sendo comprovada pela mesma. Esperamos que se algum dia a MGS abrir concurso para médicos, as questões das provas sejam sobre medicina e não sobre mecânica de avião”, ironiza Dalce Ricas, superintendente da Amda.
A Amda enviou ofício à Semad, solicitando apuração das denúncias. Ex-funcionários dos parques pretendem recorrer ao Ministério Público contra a MGS.