Califórnia prepara resistência à política ambiental de Trump
Mais uma promessa de campanha de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, se cumpre contra o meio ambiente. Nesta semana, ele assinou decreto para revogar o Plano de Energia Limpa, o maior legado ambiental de seu antecessor, Barack Obama, na luta contra as mudanças climáticas. Mas o estado da Califórnia não pretende mudar sua legislação ecológica.
As autoridades do estado, o mais populoso do país, desafiaram a medida, reafirmando sua intenção de ampliar ainda mais suas regulações sobre poluição.
O estado tenta há décadas limpar seu ar, comprometido pelas emissões do seu gigantesco parque automotivo, principalmente em Los Angeles, que continua sendo, porém, a mais poluída das grandes metrópoles americanas.
O governador Jerry Brown enviou uma carta ao diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Scott Pruitt, para protestar contra este “presente descomedido para os poluidores”.
“A Califórnia tomará as medidas necessárias para preservar os padrões culturais, proteger a saúde do nosso povo e a estabilidade do clima”, disse Brown.
As normas sobre meio ambiente são determinadas pelo governo federal, mas devido ao grave problema de poluição da Califórnia, o estado foi autorizado a adotar medidas mais restritas por meio da Lei do Ar Limpo, de 1970.
A EPA continuou outorgando a autorização à California e uma dúzia de estados começou a copiar suas normas ambientais, até que Obama as transformou em lei federal.
O governo Trump quer reverter essa decisão, mas não disse como. Ele poderia simplesmente anular a lei de Obama, respeitando o direito da Califórnia e dos outros estados que a seguiram. Ou decretar que todos devem se guiar pelas medidas de Washington, o que levaria provavelmente a uma feroz batalha judicial.
Uma terceira opção seria o Congresso revogar a Lei de Ar Limpo. “É a que mais tememos”, afirmou Stanley Young, porta-voz do Conselho californiano de Recursos do Ar (CARB).
Com informações do O Globo
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