Minas Gerais tem 642 áreas poluídas
Um levantamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) aponta que, em 2016, foram registradas 642 áreas contaminadas em Minas Gerais. O número é 55,4% superior ao índice de 2009, quando o Inventário de Áreas Contaminadas começou a ser produzido. Metade dos pontos está concentrada nas regiões Central e metropolitana, sendo 198 (31%) em Belo Horizonte.
Em 2009 foram encontradas 413 áreas contaminadas em Minas, sendo 193 na capital. No ano passado, o índice praticamente se manteve estável em BH (198), mas, no restante do Estado, saltou de 220 para 444. “A maior parte é fruto de falta de controle ambiental no passado”, disse o gerente de Áreas Contaminadas da Feam, Luiz Otávio Martins Cruz.
Belo Horizonte lidera a lista de cidades com mais áreas contaminadas. Em segundo lugar está Betim, com 38, seguido por Paracatu (23), Juiz de Fora (17) e Uberaba (17).
Os postos de combustíveis (74%) e a indústria metalúrgica (10%) são os principais responsáveis pela contaminação. O transporte ferroviário aparece em terceiro lugar no ranking, responsável por 7% das infiltrações de contaminantes no solo.
Em quase todas as 642 áreas poluídas de Minas, as substâncias atingiram o solo (604) e também as águas subterrâneas (610). Só na avenida Cristiano Machado são 11 áreas contaminadas, sete na Antônio Carlos e 13 na Amazonas, todos importantes corredores da capital.
Reabilitação
A partir da identificação da área, o empreendedor tem seis anos para reabilitar o terreno e o consumo de água fica proibido no local. Hoje, somente 20% (128) das 642 áreas estão reparadas.
Em caso de descumprimento, o empreendedor pode ser multado em valores que variam de R$ 4.485,43 (para estabelecimentos de pequeno porte) a R$ 897 mil (grande porte). Conforme a Feam, foram 22 multas em 2016 e 34 em 2015.