Notícias

Mais um atraso de pagamento de funcionários ameaça parques mineiros

Mais um atraso de pagamento de funcionários ameaça parques mineiros
Parque Estadual do Rio Preto é uma das unidades de conservação atingidas pelo atraso / Crédito: http://br.viarural.com/

Press Release

Belo Horizonte, 22 de dezembro de 2016 – Na véspera das festividades de final de ano, a Amdanovamente recebeu denúncia de que os funcionários dos parques mineiros,contratados pela empresa Cristal Serviços Especializados Ltda, não receberam osalário de novembro e o 13º, e que não há previsão para que o pagamentoaconteça.

A entidade, em ofício enviado nesta quarta-feira (21), solicitouinformações à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável (Semad) e Instituto Estadual de Florestas (IEF). A Superintendênciade Administração e Finanças da Semad, Fernanda Roveda Lacerda Costa, informou àAmda que a Cristal entrou com mandado de segurança para receber o recurso mesmoestando com a Certidão de Débito vencida. Agora, o estado está aguardandoposicionamento da justiça para saber se o valor será repassado para a Cristalou direto aos funcionários, mas que não há previsão de quando o pagamentoacontecerá. Roveda também informou que a empresa enviou comunicado aosfuncionários avisando a situação.

Apesar do atraso acontecer pela terceira vez, até agora ogoverno/Semad não anunciou decisão a respeito do contrato com a empresa, quetermina em março. Cogita-se transferir os funcionários para a MGS, empresapública do governo do Estado, o que depende de concurso. A solução, segundo asuperintendente da Amda, Dalce Ricas, pode ser positiva, mas a demora podecausar ainda mais problemas.

“Concurso é demorado devido à burocracia necessáriaou viciada do Estado. Mesmo que aconteça no início de 2017, certamente irágerar intervalo entre a ruptura do contrato com a Cristal e a transferência,deixando os parques desabrigados. É de arrepiar os cabelos a lentidão no tratode um problema de tanta importância para proteção da água e da biodiversidadeno Estado e para a sociedade que frequenta os parques abertos àvisitação”, diz ela.

Dalce lembra ainda que o concurso tem de ser muito bemplanejado para permitir que os funcionários sejam aprovados. “O IEF e osgerentes dos parques contratam pessoas que residem nas comunidades em torno dosmesmos, o que é louvável e totalmente correto, por gerar empregos locais eestabelecer ligações com as mesmas, que tornam-se aliadas na proteção dasunidades de conservação”.

Ela explica que muitos funcionários têm baixo nível dealfabetização formal, mas, em compensação, guardam conhecimentos que são vitaispara exercício de suas funções e que o concurso não pode ser baseado emquestões de conhecimento formal. “Seria um desastre contratar pessoas queconhecem matemática ou português, mas não têm qualquer experiência de contatocom o meio ambiente natural. O desastre seria pior ainda se fossem oriundas deoutras regiões em detrimento das comunidades locais”, afirma.



Para mais informações: (31) 3291-0661