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Após atraso de três meses, funcionários dos parques mineiros podem receber salários na próxima segunda-feira (14)

Após atraso de três meses, funcionários dos parques mineiros podem receber salários na próxima segunda-feira (14)
Parque Estadual do Rio Preto é uma das unidades de conservação que sofre com o atraso / Crédito: http://br.viarural.com/

O atraso no pagamento dos guardas-parques e outros funcionários terceirizados contratados pela Cristal Serviços Especializados está completando três meses e a previsão é que a situação seja regularizada na próxima segunda-feira (14). O Estado havia concordado em quitar o débito conforme acordado em audiência realizada no Ministério Público do Trabalho, realizada no dia 25 de outubro. Apenas ontem (07) os dados de pagamento foram enviados pela empresa, e agora a Semad/IEF tem cinco dias úteis para regularizar situação.

A empresa Cristal é responsável pela contratação de guardas-parques e outros funcionários nas unidades de conservação do Estado. No começo deste ano, a empresa atrasou o pagamento dos salários por dois meses por estar com a Certidão Negativa de Débitos vencida (o documento é exigido para repasse dos recursos pelo Estado através da Semad). Agora, pela mesma razão, os salários voltaram a atrasar por mais três meses. Além disso, desde o final de 2015 o FGTS dos funcionários não é recolhido, e há casos de férias vencidas há dois anos que ainda não foram pagas.

Greve e fechamento de Unidades de Conservação

A situação provocou algo inédito por parte dos funcionários: em Assembleia Geral, realizada em Diamantina, no dia 1° de novembro, eles decretaram greve oficial, até que a situação salarial seja regularizada.

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) já havia anunciado, em nota publicada em seu site, o fechamento de 11 unidades de conservação estaduais, e mesmo regularizado o pagamento, é grande o risco de permanecerem fechadas à visitação no próximo feriado, 15 de novembro, já que o pagamento se for realmente feito, acontecerá na véspera do dia 15.

O fechamento não prejudica somente os parques, atinge também estabelecimentos comerciais, pousadas, serviços de guia e outros que dependem em grande parte da frequência turística aos mesmos.

Em reunião da Câmara de Proteção da Biodiversidade (CPB), realizada ontem (07), o diretor de áreas protegidas do IEF, Henri Collet, informou que o governo não renovará o contrato com a empresa, que termina no início do próximo ano. Segundo ele, os funcionários serão absorvidos pela MGS (Minas Gerais Administração e Serviços), mas não soube informar se isto acontecerá com todos.

“A decisão a princípio é positiva, mas é preciso que a sociedade e os próprios funcionários e gerentes das unidades de conservação sejam informados sobre o processo. Elas constituem valioso bem público e quanto mais a sociedade se envolver com sua proteção, mais se fortalecerá a posição da Semad/IEF, que são responsáveis por sua administração. Acredito que este é o melhor caminho para conseguirmos que nossas unidades de conservação tenham a atenção que merecem e necessitam por parte do governo do Estado”, afirma Dalce Ricas, superintendente da Amda.