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Queixadas são encontrados no Parque Nacional do Iguaçu após 20 anos

Queixadas são encontrados no Parque Nacional do Iguaçu após 20 anos
Queixadas são flagrados no Parque Nacional do Iguaçu / Crédito: Fundação Grupo Boticário

Depois de mais de duas décadas sem registro, câmeras espalhadas pelo Parque Nacional do Iguaçu (PR) registraram imagens de queixadas (Tayassu pecari), animais também conhecidos como porcos-do-mato.

A descoberta surpreendeu os pesquisadores do projeto “Mamíferos como indicadores da saúde do ecossistema Floresta com Araucárias”, que monitora a fauna do parque, e é apoiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Originários das florestas tropicais das Américas, as queixadas correm risco de extinção em virtude, principalmente, da caça predatória e da destruição de habitat. Atualmente, estão extintos em El Salvador e considera-se que 50% da sua área de distribuição possuem poucas chances de sobreviver em longo prazo. No Brasil, são considerados vulneráveis à extinção em todos os biomas do país.

Como se alimentam de frutos e vegetais, os queixadas destacam-se pela sua contribuição na dispersão de sementes e por controlar o crescimento de plântulas, o que favorece a diversidade florestal.

“A ocorrência de animais ameaçados de extinção em unidades de conservação pode ser um sinal de que o ecossistema está bem protegido; por isso apoiamos esse projeto que analisa a presença dessas espécies dentro do Parque Nacional do Iguaçu, para identificar o nível de ameaça e, posteriormente, criar um plano de ação para conservá-las”, explica a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.

Desde março deste ano, 30 câmeras foram instaladas em vários pontos estratégicos do Iguaçu. Diferentes espécies já foram flagradas, como a onça-pintada (Panthera onca), a cutia (Dasyprocta azarae), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e a anta (Tapirus terrestris).