Amda lança campanha Casa Branca sem Gaiolas
A Amda lançou, nesta terça-feira (27), a campanha Casa Branca sem Gaiolas, no município de mesmo nome, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte. A ação busca conscientizar a população sobre os graves prejuízos do tráfico de animais silvestres e seus impactos ao equilíbrio ambiental. A campanha integra as comemorações da Semana Florestal.
A organização promoveu um dia de palestras sobre o tráfico de animais para 400 alunos, entre três e 17 anos, da Escola Municipal Carmela Caruso Aluotto. Daniel Vilela, gestor do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de BH, gerido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), recebeu os alunos do turno da manhã e Laerciana Matos, que também trabalha no Cetas, palestrou para o turno da tarde.
Vilela enfatizou a importância de todos os animais para o equilíbrio do ecossistema, principalmente daqueles chamados dispersores, responsáveis por espalhar sementes pela floresta. Ele mostrou imagens fortes de animais traficados, confinados por dias em tubos de PVC, caixas de sapato, garrafas PET e até meias-calça, sem ar, água ou comida. De cada 10 animais capturados na natureza, apenas um chega vivo ao seu destino final.
Laerciane explicou que o tráfico é uma das ações responsáveis pela extinção de diversas espécies, e chamou a atenção das crianças para a responsabilidade de protegerem os animais.
“As crianças foram o alvo desta ação por acreditarmos que elas sensibilizam os familiares sobre a questão ambiental e principalmente em relação aos animais silvestres que precisam ser protegidos do tráfico. Estamos apostando nessa nova geração para um futuro melhor para o meio ambiente e para elas”, afirma Elizabete Lino, relações institucionais da Amda.
A campanha Casa Branca sem Gaiolas incentiva a entrega de pássaros que estejam aprisionados em gaiolas. A entrega deve ser feita na Casa Caipira, situada na avenida Casa Branca, número 19/ loja, com Eduardo Flores. A campanha acontecerá até 2 de outubro.
Os animais serão encaminhados ao Projeto Asas (Área de Soltura de Aves Silvestres), desenvolvido pela Amda, onde passarão por um período de readaptação e depois serão devolvidos à natureza. O projeto, que acontece desde 2012, é resultado de convênio para soltura de pássaros apreendidos pela Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) e pelo Ibama em ações de combate ao tráfico e aprisionamento de animais silvestres.
