Sobrecarga da Terra aconteceu no dia 8 de agosto
Este ano o Dia de Sobrecarga da Terra, conhecido em inglês como Overshoot Day, chegou ainda mais cedo, na última segunda-feira, 8 de agosto. A data marca como a demanda anual sobre a natureza vai além do que o planeta pode regenerar durante um ano.
O cálculo é feito pela Global Footprint Network (GFN), organização internacional pela sustentabilidade, que monitora a Pegada Ecológica das cidades do mundo inteiro. Desde 2000, a data tem surgido cada vez mais cedo: de 1º de outubro em 2000 a 08 de agosto em 2016.
Os dados da GFN apontam que a quantidade de emissão de CO² compõe mais da metade da demanda sobre a natureza. Os custos deste excesso ecológico estão se tornando cada dia mais evidente com o desmatamento, a seca, a escassez de água doce, a erosão do solo, a perda de biodiversidade e o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. Este último é uma preocupação constante por conta das mudanças climáticas.
Consequentemente, os governos têm como prioridade tomar medidas para definir como melhorar o desempenho econômico de longo prazo de sua nação sem deixar de pensar em ações para melhorar a relação do homem com a natureza.
“Sozinha, a pegada de carbono da humanidade mais do que duplicou entre 1961 e 1973, quando o mundo entrou em Overshoot ecológico. Continua a ser o componente de maior crescimento do fosso crescente entre a Pegada Ecológica e a biocapacidade do planeta”, afirma Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network.
Brasil
A Pegada Ecológica do Brasil é de 2,9 hectares globais por habitante, indicando que o consumo médio de recursos ecológicos do cidadão brasileiro é bem próximo da média mundial (2,7 hectares globais por habitante). Isso significa que se todas as pessoas do planeta consumissem como o brasileiro, seria necessário 1,6 planeta para sustentar esse estilo de vida. A média mundial é de 1,5 planeta. Ou seja, estamos consumindo 50% além da capacidade anual do planeta.
Para evitar um colapso dos recursos naturais que são a nossa fonte de sobrevivência, precisamos avaliar e repensar nossos hábitos de consumo. E adotar uma postura mais responsável, de forma que possamos viver de acordo com a capacidade ecológica do Planeta.
Com informações da WWF Brasil