Abril bate sétimo recorde de calor
Mais um recorde de temperatura alerta o mundo. O mês de abril deste ano foi o sétimo seguido a quebrar de longe recordes globais de temperatura, com folga de 27% em relação ao recorde anterior, de 2010. A média global de temperatura do mês passado foi 1,11ºC superior à média para abril registrada entre 1951 e 1980. Os dados foram divulgados no último sábado (14) pela Nasa, a agência espacial americana.
A média de desvio de temperatura do primeiro quadrimestre de 2016 foi de 1,18ºC em relação à média de 1951 a 1980 para o mesmo período. Este ano provavelmente baterá os recordes de altas temperaturas de 2015, afinal os meses mais quentes do ano, os do verão no hemisfério Norte, ainda não chegaram. O ano que vem possivelmente será menos quente que 2016 devido à inversão do fenômeno – é ano de La Niña, que ajuda a resfriar o planeta.
“É um lembrete de que não nos resta nada a fazer senão acelerar a agenda de ação”, disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em entrevista coletiva após a abertura da semana de negociações em Bonn, Alemanha. Diplomatas de 195 países se reúnem nesta semana para prosseguir com as negociações do texto de regulamentação do acordo do clima de Paris, assinado no último dia 22.
Até agora, 17 países já enviaram para a ONU os chamados instrumentos de ratificação, ou seja, a confirmação de que o Acordo já é lei doméstica em cada um deles. Entretanto, esses países, somados, representam menos de 1% das emissões do mundo. Para que o tratado entre em vigor é preciso que pelo menos 55 dos países ratifiquem, e que estes respondam por 55% das emissões globais.
Algumas das principais economias do mundo se preparam para ratificar o acordo do clima este ano. EUA e China já fizeram anúncios nesse sentido. No Brasil, um dos últimos atos da presidente Dilma Rousseff foi enviar o documento para ratificação no Congresso. A França, sede da COP 21, deve ratificar até meados do ano. E os 28 países da União Europeia preparam suas ratificações individuais até a COP 22, que acontecerá em novembro em Marrakesh.
Com informações do Observatório do Clima
