Restos de abacaxi são transformados em couro ecológico
Análises de tendência de mercado mostram que os consumidores estão cada vez mais atentos a quem, como, onde e quando suas roupas são fabricadas. Pensando nisso, Carmen Hijosa largou seu emprego para se dedicar à fabricação de couro ecológico, feito com restos de abacaxi.
Enquanto estudava na Royal College of Art, em Londres, Carmen desenvolveu o material patenteado por ela. Aos 63 anos, ela dirige sua startup de couro feito a partir de restos de abacaxi, chamada Piñatex.
“A força e flexibilidade das fibras do abacaxi são características essenciais para o produto final”, explica Carmen, que também fez testes com a banana e o sisal.
Além de evitar toda a crueldade da indústria do couro legítimo, o couro de fibras de abacaxi leva vantagem sobre o couro sintético. Isso porque a produção desse tipo de material também acarreta em problemas para o meio ambiente: geralmente, a fabricação utiliza produtos químicos, como o petróleo, que contaminam os lençóis freáticos e solos.
O couro de abacaxi é vendido em forma de rolos que podem ser utilizados para fazer qualquer tipo de produto que hoje é fabricado com couro animal – de sapatos a assentos de carros. Atualmente, a startup de Carmen produz entre 500 e 2.000 metros do material a cada 30 dias. Mas, em três meses, ela espera aumentar a fabricação para 8.000 metros. Marcas como Puma e Camper já estão começando a testar a inovação.
Com informações do The Greenest Post