Copam mantém multa de R$ 112 milhões à Samarco

O Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam), por meio da Unidade Regional Colegiada (URC) Rio das Velhas, manteve a multa de R$ 112 milhões aplicada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) à mineradora Samarco pelo rompimento da barragem em Mariana em novembro do ano passado.
A multa foi aplicada logo depois do maior desastre ambiental da história no país. O mar de lama destruiu tudo o que havia pela frente e alcançou o mar no Espírito Santo.
Entre as alegações para não pagar a multa, a Samarco apontou que as investigações sobre a ruptura da barragem ainda não foram concluídas, segundo informações da superintendente de Atendimento e Controle Processual da Semad, Daniele Diniz Faria. Não houve votos a favor da extinção da penalidade.
A mineradora tem 20 dias para recorrer. Se confirmada a decisão, a multa terá de ser paga.
Marinha suspende sigilo
A Marinha do Brasil informou, por meio de nota, que retirou o sigilo da pesquisa para medir o nível de poluição na foz do rio Doce provocado pelos rejeitos que vazaram de Fundão. Os resultados estavam sob sigilo por cinco anos.
A assessoria da Marinha informou que, mesmo sem o sigilo, não vai divulgar publicamente os levantamentos, que se tratam de compilações brutas, sem conclusão. O material está disponível para órgãos públicos de meio ambiente que realizam estudos sobre os impactos da lama na foz do rio, que devem produzir laudos conclusivos.