Gruta ameaçada pela pressão agropecuária em Goiás pode ser transformada em Monumento Natural

A pressão agropecuária ameaça a décima primeira maior caverna do Brasil: a Gruna da Tarimba, situada em Mambaí, Goiás, que protege espécies ainda desconhecidas. A proposta para criação de uma unidade de conservação (UC) na região pode ser a salvação.

Os pesticidas utilizados nas culturas de algodão e soja, bem como o assoreamento gerado pelo manejo precário das pastagens na criação de gado prejudicam o ambiente subterrâneo e, por consequência, as espécies que dele dependem. Outro fator preocupante é a própria população local, que ainda tem o costume de jogar lixo na caverna.

Com o objetivo de proteger a biodiversidade local, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), União Paulista de Espeleologia (UPE), Grupo Espeleológico Goiano (GREGO), Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza se uniram para propor a criação de uma UC na área da gruna, por meio de uma caracterização ambiental da área e elaboração de projeto para criação de um Monumento Natural.

Esta categoria de UC de proteção integral tem por objetivo conservar um elemento natural único, de extrema raridade ou beleza cênica. Seus recursos naturais da área só podem ser utilizados de forma indireta, sem extração, dano ou consumo desse patrimônio, conservando-os de forma mais efetiva.

Além da relevância ambiental, a Gruna da Tarimba e a região como um todo têm enorme potencial turístico, que é pouco aproveitado. Com rios que permitem a prática de rafting, cachoeiras e cavernas prontas à visitação por toda a região, o ecoturismo pode ser grande vetor de desenvolvimento para Mambaí.

O processo 13.898/2015 para criação do Monumento Natural ainda está em fase inicial e pode levar cinco ou seis anos para que se concretize.

Com informações do Wikiparques

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