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Petição online pressiona Yahoo a barrar comércio de marfim

Petição online pressiona Yahoo a barrar comércio de marfim
Crédito: petição Avaaz

Cinquenta e quatro elefantes morrem, em média, por dia na África, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Os animais são vítimas de caçadores impiedosos, que arrancam seus chifres para revender no mercado negro. Segundo relatório da organização Traffic, que monitora o comércio de produtos e exemplares da vida selvagem, os leilões do site Yahoo compõem um dos principais mercados que comercializam produtos de marfim no Japão. Uma petição online publicada na plataforma Avaaz foi criada para tentar barrar o comércio pelo site. Em menos de uma semana, a petição obteve mais de 1 milhão de assinaturas.

“O comércio de chifres de marfim está levando os elefantes à extinção. Surpreendentemente, o Yahoo faz parte da cadeia de venda de produtos feitos desse material em sua filial do Japão! Google e Amazon já deram um basta à venda de marfim em seus sites. Mas o Yahoo ainda não!”, informa o texto da petição.

Em 1989, a Convenção de Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagens (Cites, na sigla em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicado ao combate da crise internacional de caça ilegal, publicou uma proibição de importação e exportação de marfim. Mesmo assim, o comércio não foi totalmente extinto.

De um total de 19 leilões do Yahoo que comercializam marfim, o relatório da Traffic encontrou dez que não possuíam certificado dos produtos. Mas eles não são os únicos: na plataforma Rakuten-Ichiba, maior shopping online do Japão, 39 lojas – das 107 – também estavam em condição ilegal.

Procurada pela reportagem do jornal O Tempo, a assessoria do Yahoo pontuou, por meio de nota, que a filial japonesa não está subordinada à empresa. “Yahoo, Inc. é um investidor de Yahoo Japão e não tem controle societário. Assim, Yahoo Japão determina suas próprias políticas. Dito isso, Yahoo, Inc. não compactua com produtos feitos de marfim obtido de nenhum animal em risco de extinção”, informou.

Um quilo de marfim vale cerca de US$ 3 mil. Considerando que duas presas pesam até 115 quilos, a perseguição aos elefantes pode não parar tão cedo. Os principais destinos do mercado clandestino são, respectivamente, China e EUA. Em gestos simbólicos para demonstrar seus compromissos contra o tráfico, ambos os países mandaram destruir seis toneladas de marfim entre 2013 e 2014. Mesmo assim, na cultura da potência asiática, o material permanece associado a status e riqueza.

Atualmente, estima-se que a população de elefantes seja algo entre 420 mil e 650 mil espécimes. Em 1980, eram 1,3 milhão. A União Internacional para Conservação da Natureza concedeu à espécie o status de vulnerável. Conheça mais sobre a espécie aqui.

Ajude-nos a proteger os elefantes! Assine a petição e compartilhe com seus amigos!