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Oceanos terão mais plástico do que peixes em 2050

Oceanos terão mais plástico do que peixes em 2050
Crédito: Marcus Eriksen/ Algalita Marine Research Foundation/ Fotos Públicas

Em 2050, os oceanos terão mais resíduos plásticos do que peixes. O alerta foi feito em comunicado pelo Fórum Econômico Mundial de Davos, que começa nesta quarta-feira (20) naquela estância suíça. A conclusão tem como base um estudo da fundação da reconhecida velejadora britânica Ellen MacArthur, em parceria com a consultora McKinsey.

Segundo o relatório, a proporção entre as toneladas de plástico e as toneladas de peixe registradas nos oceanos era de 1 para 5 em 2014. Em 2025, será de 1 para 3 e em 2050 irá evoluir de 1 para 1.

“O sistema atual de produção, de utilização e de abandono de plásticos tem efeitos negativos significativos: entre US$ 80 bilhões e US$ 120 bilhões em embalagens de plástico são perdidos anualmente. A par do custo financeiro, se nada mudar, os oceanos terão mais plásticos do que peixes [em peso] até 2050”, indicou o comunicado.

O Fórum considera necessária “uma reformulação total das embalagens e dos plásticos em geral”, bem como a procura de alternativas ao petróleo, principal matéria para a produção do plástico. Caso não seja encontrada uma matéria alternativa, essa indústria irá consumir 20% da produção petrolífera em 2050.

Vários países tentam atualmente limitar o uso de sacos plásticos. Em Portugal, por exemplo, entrou em vigor em fevereiro de 2015 uma taxa sobre os sacos plásticos leves.

A França quer proibir o uso único de sacos plásticos em março, enquanto o Reino Unido também aprovou uma legislação que exige que o uso de sacos plásticos seja sujeito a pagamento.

No Brasil, em Belo Horizonte, a polêmica das sacolinhas plásticas já teve várias idas e vindas. Elas foram proibidas por um período na capital mineira, quando grande parte da população aprendeu a utilizar sacolas retornáveis ou caixas de papelão para carregar as compras. Porém, elas retornaram aos supermercados novamente. Mas o hábito sustentável ainda é conservado por diversos cidadãos.