Mato Grosso vai zerar desmatamento ilegal até 2020
O governo do Mato Grosso anunciou, nesta segunda-feira (7), na Conferência do Clima (COP 21), um plano ousado para diminuir as emissões de carbono do estado. A meta é zerar o desmatamento ilegal até 2020. Além disso, o estado pretende cortar 6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030, quantidade equivalente a quatro anos de emissões de todos os setores da economia brasileira.
A meta de MT é mais ambiciosa que a proposta do governo federal: acabar com o desmatamento ilegal apenas em 2030. E o custo do plano de Mato Grosso é alto: US$ 10 bilhões (R$ 39 bilhões) ao longo de 15 anos.
Mato Grosso teve uma das altas mais acentuadas no desmatamento entre 2014 e 2015. Na Amazônia Legal, a taxa de aumento foi de 16% – equivalente a 5.831 km² destruídos, mais que o triplo da área do município de São Paulo -, enquanto no estado o salto foi de 40% – para 1.508 km².
Em Paris, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, firmou um “Compromisso pelo Desmatamento Ilegal Zero” com Acre e Mato Grosso. Ela afirmou que MT tem a “responsabilidade nacional e global, como produtor de alimentos, de aliar produção e proteção”.
Para reduzir as emissões de CO2, além de reduzir o desmatamento em 90% na floresta amazônica e 95% no Cerrado, a promessa do MT é compensar donos de terras para não destruírem 10 mil km² de áreas verdes, assim como recuperar 20 mil km² de áreas de preservação permanente que devem ser restauradas.