Em três anos, quase mil animais morreram no zoo de BH

Nos últimos três anos, quase mil animais do zoológico de Belo Horizonte morreram, de acordo com a Fundação Zoo-Botânica (FZB). Apenas neste ano, foram registradas 211 mortes no zoo da capital.
Levantamento da FZB calcula que, em três anos, ocorreram 942 mortes. Já a contagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é de 1.241 animais mortos. Gladstone Correa, diretor do zoo, explica a diferença: “o número do Ibama inclui tanto os animais que estão no plantel do jardim zoológico quanto os animais de vida livre, porque o jardim zoológico é uma área verde. Então, vários animais vivem aqui”, afirmou.
Em fevereiro, perdemos a girafa Ana Raio, com apenas 20 anos. O motivo de sua morte ainda é desconhecido, mas exames mostraram que ela ingeriu areia junto à ração. Desde maio, não há rei da selva no zoológico. O leão Simba morreu aos 27 anos por doenças degenerativas, típicas de grandes felinos, segundo o diretor do zoo. Correa acrescenta que outros animais, como camelo e o crocodilo, também já estavam no final da vida. O tigre siberiano Thor está em tratamento. Ele está mancando e há suspeita de um problema na coluna.
Dalce Ricas, superintendente da Amda, pontua que a exposição ao público é estressante para os animais e critica o tamanho dos recintos. “A municipalidade, que é responsável pelo zoológico, e o Ibama, que é responsável pela fiscalização, deveriam garantir, no mínimo, instalações adequadas para reproduzir o ambiente natural em que esses bichos vivem em seus habitats”, reivindica.
O zoo está em obras. Segundo o diretor, o recinto das aves, borboletário e o espaço dos mamíferos serão ampliados.