Notícias

Vereadores de Porto Alegre aprovam projeto que proíbe uso de animais em testes de cosméticos

Vereadores de Porto Alegre aprovam projeto que proíbe uso de animais em testes de cosméticos
Crédito: Brain Gunn / IAAPEA

Porto Alegre está mais próximo de proibir a utilização de animais para desenvolver ou testar produtos cosméticos, de higiene pessoal e perfumes. O projeto, apresentado pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT), foi aprovado na quarta-feira (16) na Câmara de Vereadores e agora segue para avaliação do prefeito José Fortunati.

A proposta impede que os bichos sejam utilizados para testar produtos como maquiagem, perfumes, óleos de banho, desodorantes, tintas para cabelo, xampus e outros artigos de beleza. O descumprimento da norma sujeita o infrator a multa, suspensão temporária ou definitiva de alvará de funcionamento em caso de reincidência. “A aprovação da lei tem um efeito simbólico importante, que é demonstrar a preocupação com os direitos dos animais na cidade”, destacou Sgarbossa.

“São testes muito dolorosos. Testes de toxicidade não têm anestesiantes, causam muito sofrimento e têm problema de confiabilidade. É impossível saber o efeito dessa toxicidade a longo prazo em seres humanos, que podem viver até mais 60 ou 70 anos, testando [o produto] em um animal, que vive muito menos”, disse Helder Constantino, gerente da campanha Liberte-se da Crueldade promovida pela organização não governamental Humane Society Internacional (HSI). Confira o vídeo da campanha.

Liberte-se da Crueldade faz parte da maior campanha global para acabar com os testes em animais para cosméticos, apoiada pela Arca Brasil, ProAnima e pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa dos Animais. A campanha está presente na Austrália, Canadá, China, Índia, Japão, Coréia do Sul, Nova Zelândia, Rússia e Taiwan. No Brasil, São Paulo foi o primeiro estado a adotar uma legislação que veta o uso de animais para confecção de produtos estéticos.

Assine a declaração Liberte-se da Crueldade Brasil!

Saiba mais

De acordo com informações publicadas no site da Humane Society Internacional:

– Coelhos e roedores são os animais mais utilizados pela indústria de beleza para testes de toxicidade oral, cutânea e ocular. Os animais não recebem nenhum alívio da dor e são sacrificados ao final do ensaio por ruptura do pescoço ou asfixia;

– Testar cosméticos em animais é proibido em toda a União Europeia, Israel e Índia;

– Centenas de empresas livres de crueldade produzem cosméticos sem novos testes em animais. Eles utilizam ingredientes com histórico de segurança já comprovados, combinados com testes sem animais, o que fornece resultados mais rápidos, mais baratos e mais relevantes para humanos.