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Seis espécies de borboletas inglesas podem ser extintas antes de 2050

Seis espécies de borboletas inglesas podem ser extintas antes de 2050. O alerta consta em estudo publicado na revista Nature Climate Change em agosto. A queda drástica de insetos como borboletas e abelhas, fundamentais para a polinização de frutas, verduras e legumes, abre a possibilidade da redução da produção desses vegetais, com graves consequências para o abastecimento de alimentos em todo o mundo.

Os pesquisadores do Centro de Ecologia e Hidrologia de Oxfordshire utilizaram a seca de 1995, uma das piores que já aconteceram no Reino Unido, como base para o estudo. Eles monitoraram 28 espécies de borboletas de 129 lugares diferentes. De acordo com os especialistas, a falta d’água reduziu drasticamente as populações dos insetos. Por meio de modelos estatísticos, os pesquisadores previram cenários reais de seca, que podem retornar ainda piores e com mais frequência, e identificaram seis espécies que poderão ser extintas caso não haja a diminuição da emissão de carbono e a readaptação desses insetos no habitat. Se os cortes acontecerem, os pesquisadores estimam que a probabilidade de sobrevivência das borboletas aumente 50%.

Assim como as abelhas, esses insetos ajudam na reprodução dos vegetais, eliminação de pragas e decomposição de matéria orgânica. Com a extinção das espécies, essas atividades ficariam prejudicadas, causando desequilíbrios ambientais que podem afetar diretamente os seres humanos, como a queda da produção de lavouras e cultivos agrícolas.

Confira quais são as espécies de borboletas que podem entrar em extinção:

Aphantopus hyperantus: essa espécie pertence à família Nymphalidae, que possui mais de 6000 espécies bem coloridas. A Aphantopus hyperantus é caracterizada por pontos nas asas, que vão se tornando mais intensos ao longo da vida do inseto;

Pieris napi: espécie da família Pieridae, essa borboleta pode ser encontrada em locais úmidos e arborizados. A maioria das fêmeas desse gênero possui asas que refletem os raios ultravioletas, enquanto os machos têm asas que absorvem esse tipo de radiação;

Pieris brassicae: chamada de “borboleta branca da couve”, essa espécie é comum no Sul da Europa. Ela prefere habitar parques e jardins localizados em grandes altitudes, como os Alpes;

Pararge aegeria: encontrada em florestas e jardins de grande parte da Europa, ela é popularmente conhecida como “malhadinha”. As características físicas dessa espécie variam de acordo com a localização: aquelas que habitam o Norte europeu possuem coloração marrom escura e pintas brancas nas asas e as naturais do Sul têm manchas alaranjadas;

Pieris rapae: conhecida como borboleta branca, ela é uma espécie pequena que possui o corpo coberto de pelos. Pode ser encontrada na Europa, África, Ásia e Oceania. Em alguns tipos de cultivos agrícolas, a lagarta desta espécie é vista como uma praga;

Ochlodes sylvanus: essa espécie, encontrada principalmente em Portugal, pertence a família Hesperiidae. Antenas fusiformes – lembram agulhas de crochê -, corpos robustos e olhos compostos maiores são algumas das características do inseto.