Fotógrafo registra margaridas mutantes em área próxima a Fukushima
Quatro anos após o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, um fotógrafo registrou o nascimento de margaridas mutantes em uma região próxima à usina. O fotógrafo é morador de Nasushiobara, cidade localizada a cerca de 110 quilômetros da usina nuclear, e divulgou a imagem na rede social Twitter.
As margaridas mutantes apresentam um quadro conhecido como fasciação, um desequilíbrio hormonal nas plantas vasculares – cuja ligação com o vazamento de radioatividade da usina não pode ser imediatamente comprovada. A rara anomalia faz as plantas crescerem com peso e altura muito maiores do que o normal.
A fasciação acontece quando partes de um embrião se fundem de maneira incomum, gerando uma célula achatada. Geralmente, as flores e folhas da planta irão desenvolver formas anormais a partir dessa célula defeituosa.
A área ao redor de Fukushima ainda sofre com os efeitos da radiação liberada após o acidente que causou o derretimento de três dos seis reatores nucleares na usina. Em 2014, cientistas descobriram que a expectativa de vida e tamanho das populações de algumas espécies de pássaros e borboletas diminuíram. Além disso, alguns desses animais também mostraram sinais de crescimento anormal.
Desde a tragédia de 2011, a área de Fukushima permanece evacuada pelas autoridades locais.