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Chineses são condenados à prisão perpétua por exploração ilegal de madeira

Chineses são condenados à prisão perpétua por exploração ilegal de madeira
Funcionário caminha entre pilha de toras apreendidas em Mianmar / Crédito: Ye Aung Thu/AFP

Um tribunal de Justiça de Myitkina, no estado de Kachin, norte de Mianmar, condenou 153 chineses à prisão perpétua por exploração ilegal de madeira. Em Mianmar, a prisão perpétua equivale a 20 anos de prisão. Dois menores envolvidos foram condenados a dez anos de prisão. A decisão pode aumentar ainda mais as tensões com a China, que manifestou sua inquietação com as sentenças.

“Achamos que a sentença foi o mais justa possível, considerando também o ponto de vista ambiental”, disse Myint Swe, vice-ministro do distrito de Myitkyina.

O governo da China pediu às autoridades do país vizinho para rever a decisão judicial. “Pedimos que levem a sério as preocupações da China e considerem todos os fatores para conduzir adequadamente esse caso”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, em comunicado.

O grupo foi detido em janeiro no estado de Kachin, próximo à fronteira com a China, principal destino da madeira explorada ilegalmente em Mianmar. No ano passado, o governo proibiu a exportação de madeira bruta no país em uma tentativa de controlar a indústria madeireira. Entretanto, analistas denunciam que os contrabandistas fazem acordos com os senhores da guerra das zonas remotas do norte do país, garantindo segurança para passarem com o material e atuarem tranquilamente nas florestas de Mianmar.