Poluição pode extinguir rã gigante do lago Titicaca
A rã gigante do lago Titicaca corre risco de desaparecer em função da poluição provocada pelos maciços vazamentos nas margens bolivianas. Moradores do lago observam com preocupação como dezenas de corpos destes anfíbios começaram a emergir das profundezas do lago, nas quais habitam.
O lago Titicaca, partilhado por Bolívia e Peru e considerado o mais alto do mundo por estar a quase 4.000 metros sobre o nível do mar, recebe através do rio Katari vazamentos procedentes da cidade de El Alto, uma das mais povoadas do país andino e que na última década cresceu de forma descontrolada.
Resíduos hospitalares, industriais e substâncias líquidas procedentes dos lixões urbanos fluem diariamente à bacia do lago, cujas águas adquiriram um tom verdoso e uma textura oleosa, somada ao mau cheiro.
Em setembro do ano passado, o governo do departamento de La Paz apresentou um projeto para despoluir o lado boliviano do Titicaca que consiste em instalar em suas margens uma usina de tratamento de águas em uma superfície de 26 hectares, com um custo de US$ 6,5 milhões.
A rã ou sapo gigante do Titicaca (Telmatobius culeus) foi catalogada pela primeira vez em 1969 pelo oceanógrafo francês Jacques Cousteau, durante suas imersões no lago andino. A Bolívia declarou a espécie ameaçada de extinção em 1996.
Com informações do portal Terra