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Campanha “Chega de Madeira Ilegal” mostra rota do desmatamento na Amazônia

Campanha “Chega de Madeira Ilegal” mostra rota do desmatamento na Amazônia

“Você sabia que 80% da madeira retirada da Amazônia é ilegal? A campanha “”Chega de Madeira Ilegal”” do Greenpeace, mostrou que fraudes em planos de manejo permitem que a madeira extraída sem autorização seja vendida nos mercados nacional e internacional como se tivesse origem legal. A investigação revelou que o descontrole no setor é tão grande que nem o documento oficial é capaz de garantir a origem legal da madeira, que destrói a floresta e está ligada à violência no campo. Ao ignorar a corrupção do setor madeireiro, o governo é parceiro desse crime. Resultado: em cinco anos, 950 mil caminhões carregados de madeira ilegal saíram da Amazônia.

Para expor essa situação, o Greenpeace monitorou as rotas percorridas por caminhões saindo da floresta onde ocorre o corte ilegal de madeira até o pátio das serrarias para descarregar as toras. Foram instalados rastreadores monitorados por satélite em caminhões que fazem o transporte retirando a madeira dos municípios de Placas e Uruará e descarregando em Santarém, no Pará, estado que é o maior produtor de toras de madeira da Amazônia.

Os rastreadores utilizados emitem sinais de localização com frequência em minutos e o monitoramento é feito em tempo real. Da tela de um computador com acesso à internet foi acompanhada a movimentação de alguns caminhões, e todo o seu trajeto foi registrado em relação a sua posição geográfica, data e horário. Foram acompanhadas as rotinas de dois caminhões entre o final de agosto e início de setembro de 2014.

O Greenpeace comprovou que todos os locais onde foram carregadas as toras dentro da floresta não possuíam registro de CAR (Cadastro Ambiental Rural), nem plano de manejo licenciado pela Secretaria do Meio Ambiente do Pará (SEMA-PA). Ou seja, os locais onde foram realizadas as operações de carregamento das toras na floresta pelos dois caminhões não possuíam qualquer tipo de licenciamento, o que caracteriza o crime de extração ilegal de madeira.

Para conhecer mais sobre a campanha, clique aqui.