Mundo investiu 270 bilhões de dólares em energias renováveis em 2014
Os investimentos globais em energias renováveis realizados em 2014 alcançaram o marco de 270 bilhões de dólares investidos, um aumento de 17% em relação aos 232 bilhões de dólares investidos em 2013. Os dados estão no relatório Tendências Globais de Investimentos em Energia Renovável, lançado no início de abril pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), por meio do Centro de Colaboração Escola de Frankfurt-PNUMA para o Financiamento de Energias Sustentáveis e Clima, com apoio da empresa Bloomberg New Energy Finance.
Segundo o levantamento, este foi o primeiro aumento anual em dólares investidos em energia renovável – excluindo os grandes projetos hidroelétricos %u2013 em três anos e apenas 3% menor que o recorde de 2011. As quedas nos valores nos últimos anos são atribuídas em parte aos preços mais baixos das tecnologias de energia renovável, devido à economia de escala.
O Brasil investiu 7,6 bilhões de dólares no ano passado, seguido de perto pela Índia (7,4 bilhões) e pela África do Sul (5,5 bilhões). Os três aparecem entre os dez países que mais investiram em energias renováveis em todo o mundo. Além disso, mais de 1 bilhão de dólares foram investidos, separadamente, na Indonésia, Chile, México, Quênia e Turquia.
A capacidade de geração de 103 gigawatts (GW) adicionada em todo o mundo fez de 2014 o melhor ano em termos de capacidade recém-instalada, de acordo com o relatório. Para se ter uma ideia, essa capacidade de geração é equivalente à de todos os 158 reatores de usinas nucleares nos Estados Unidos.
Estima-se que a energia renovável contribuiu para 9,1% da geração de eletricidade global em 2014 , acima dos 8,5% em 2013. Isso ajudou para que a emissão do sistema elétrico mundial no ano – 1,3 gigatoneladas de CO2 – não fosse ainda maior. “Mais uma vez, fontes de energia renovável foram responsáveis por quase metade da capacidade de energia adicionada em todo o mundo”, disse Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do PNUMA. “As tecnologias energéticas não prejudiciais ao clima são agora um componente indispensável ao esquema global de energia, importância que só vai aumentar à medida que o mercado amadurece, os preços de tecnologia continuam a cair e a necessidade de controlar as emissões de carbono torna-se cada vez mais urgente”, acrescentou.
Com informações do EcoDebate