Primeira reunião ordinária do Plenário do Copam será realizada hoje
Press Release
Belo Horizonte, 22 de abril de 2015 – Será realizada nesta quarta-feira (22), às 14h, a 163ª Reunião Ordinária do Plenário do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), na rua Espírito Santo nº 495, 4º andar, Centro de Belo Horizonte. A reunião será o primeiro Plenário realizado no ano de 2015. De acordo com o regimento interno do Copam, os encontros do conselho deveriam ser trimestrais. No entanto, na prática, a periodicidade das reuniões não acontece conforme seu regimento. Em 2014, apenas três plenários foram realizados e em 2013, somente um.
Na pauta, diversos assuntos, como apresentação pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) do Plano de Energia e Mudanças Climáticas de Minas Gerais e do PrevIncêndio em 2015. O diretor de áreas protegidas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Henri Dubois Collet, vai mostrar a situação dos loteamentos em torno dos parques estaduais do Brigadeiro, Rola Moça e Rio Doce (IEF); e Mateus Garcia, denunciados pela Amda na reunião plenária de maio de 2014.
A gerência de Regularização Fundiária (GEREF) do IEF exibirá os resultados do Grupo de Trabalho (GT) sobre Terras Devolutas em parques estaduais. De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), pelo menos 100.000 hectares enquadram-se nessa situação, o que permitiria regularização fundiária imediata das unidades de conservação.
Para Dalce Ricas, superintendente executiva da Amda, os assuntos pautados são de grande relevância, mas estão diretamente relacionados à vontade política do Governo e disponibilização de recursos. “A Feam é competente e o Plano de Energia e Mudanças Climáticas ficou muito bom. Porém é mais provável, como já aconteceu antes, que seja engavetado. Quanto às terras devolutas, é demonstração inequívoca de todos os governos que passaram por Minas Gerais do quão pouco se interessam pela proteção da biodiversidade e da água. No papel, o estado tem 2% de áreas legalmente protegidas por unidades de conservação de proteção integral. Podermos ter muito mais se a Ruralminas e o extinto Iter tivessem algum compromisso ambiental”, disse.
Dalce ressalta que a efetiva proteção da água está ligada à conservação de grandes áreas por meio das unidades de conservação: “nossos governos têm sido tão desleixados pelo assunto, que nem mesmo em áreas de serras, geralmente marcadas por solos pobres, inaptos a atividades econômicas, mas fundamentais como áreas de recarga e para proteção de nascentes, são preservadas. O Parque Estadual do Rio Preto protege as nascentes do rio de mesmo nome. Mas as nascentes do rio Jequitinhonha e do Araçuai, que se localizam na mesma serra, estão sendo arrasadas pelo fogo e pisoteio de gado”, alertou.
Para mais informações: (31) 3291 0661