MPMG recomenda soltura imediata de capivaras mantidas em cativeiro
As capivaras mantidas em cativeiro na Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte (FZB-BH) deverão ser soltas imediatamente. A recomendação foi feita nesta terça-feira (10) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ao ao secretário municipal. Segundo o MPMG, a situação está irregular, já que o prazo para manutenção dos animais no local expirou.
Além da situação de confinamento irregular, o MPMG afirma que a taxa de mortandade e desaparecimento de animais mantidos nas dependências da FZB-BH beira os 50%. “As condições do cativeiro e o seu prolongamento podem levar à possibilidade de caracterização de conduta abusiva e ampliação dessa taxa”, pontua o órgão na recomendação. O fato levou o MPMG a abrir investigação criminal por maus-tratos.
A FZB também deverá encaminhar documentos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comprovando a destinação de outras 25 capivaras que estavam em cativeiro, com a adoção dos cuidados recomendados pelo órgão.
O MPMG estabeleceu ainda prazo de 60 dias para elaboração e implantação de um plano de manejo das capivaras que habitam o entorno da lagoa da Pampulah e do Parque Chico Lins, com a prévia aprovação do Ibama, respeitando-se o bem-estar dos animais. O plano deverá ser acompanhado de ações de controle da infestação dos carrapatos-estrela nos animais domésticos, silvestres e no ambiente, com atenção especial aos locais de maior frequência e acesso do público.
De acordo com o MPMG, os órgãos também terão que realizar controle populacional ético, com a esterilização de machos e fêmeas, monitorar e esterilizar novos animais no entorno da lagoa, de forma a garantir a saúde pública, a proteção do patrimônio cultural, a segurança no trânsito e os cuidados necessários à preservação da fauna silvestre.
Um plano de conscientização da população local de todo o município de Belo Horizonte também deverá ser desenvolvido.