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Filme aborda relação entre novo Código Florestal brasileiro e crise hídrica

Filme aborda relação entre novo Código Florestal brasileiro e crise hídrica
Crédito: página A Lei da Água no facebook

Há anos, ambientalistas e especialistas alertam sobre a capacidade das florestas de protegerem e alimentarem mananciais de água e, assim, prevenir crises como as que afetam diversas regiões do país atualmente. Este é um dos temas centrais do filme A Lei da Água, documentário brasileiro que explica a relação entre o novo Código Florestal e a crise hídrica brasileira. A produção estreia no próximo dia 30 de março por meio de um sistema de financiamento coletivo. Caso um valor mínimo exigido seja atingido – R$ 1.400 para cada sessão -, o documentário será exibido nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Na capital mineira, o longa será exibido às 21h30 no cine Belas Artes, localizado na rua Gonçalves Dias, 1581, Lourdes. Os interessados podem fazer suas contribuições até dia 30.

O filme alerta sobre as consequências da nova lei florestal, que anistiou 29 milhões de hectares desmatados ilegalmente em todo o país, e sobre o que ainda pode ser feito para evitar mais prejuízos ao meio ambiente. O documentário vem a público no momento em que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADins) contra a Lei 12.651, que revogou o antigo Código Florestal, de 1965. A Lei da Água dá voz a ambientalistas, cientistas, ruralistas e agricultores que acompanharam de perto a controversa tramitação da lei e que opinam sobre seus impactos, trazendo perspectivas diversas e discordantes sobre o tema.

Sua produção é fruto de parceria entre Instituto Socioambiental (ISA), WWF-Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e Bem-Te-Vi Diversidade. O documentário foi dirigido por André D’Elia, com produção executiva de Fernando Meirelles.

Financiamento coletivo

Como o filme não tem chance de ser exibido em circuito comercial, para levá-lo a grandes públicos, serão oferecidas inicialmente sessões únicas para cada cidade. Quando o valor mínimo necessário para exibição em uma sala for atingido, outra sessão para a mesma cidade será aberta para compra. Toda a verba arrecadada será revertida para a divulgação e exibição do longa em universidades, escolas, sindicatos rurais e comunidades carentes. “Em um momento como o que estamos vivendo, de crise hídrica, o público tem solicitado cada vez mais exibições do filme, até mesmo para entender o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional”, disse André D’Elia.

Ao final de cada sessão, os financiadores participarão de um debate especial sobre o filme, além de receber uma cartilha com dicas de como ajudar na campanha.

Cada cidade selecionada para a exibição do documentário terá um embaixador local. Em Belo Horizonte, Maria Dalce Ricas, superintendente executiva da Amda, foi convidada para assumir o cargo e, no dia da estreia, estará acompanhada por José Carlos Carvalho, ex-ministro de Meio Ambiente e secretário de Meio Ambiente de Minas Gerais. Ao final da exibição, eles participarão de debate com o público.

“Tudo que pudermos fazer para alertar a sociedade quanto à dependência de água da proteção da cobertura vegetal será pouco. O futuro pode ser triste e grave demais se esta situação não começar a mudar agora. Se a população não reagir, pressionando políticos e tomadores de decisões, enfrentaremos catástrofes socioambientais inimagináveis”, alertou Dalce.

Colabore com o financiamento coletivo e ajude a levar A Lei da Água para a sua cidade!