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Em 60 dias, sacolas plásticas deverão sumir dos supermercados de São Paulo

Em 60 dias, sacolas plásticas deverão sumir dos supermercados de São Paulo
Modelo da sacola verde que supermercados da capital paulista deverão utilizar / Crédito: Fabio Arantes/Secom/PMSP/Fotos Públicas

As sacolas verdes, de origem vegetal e que agridem menos o meio ambiente, devem invadir os supermercados de São Paulo nos próximos 60 dias. Elas substituirão as sacolas plásticas tradicionais para cumprir legislação que entrou em vigor nesta quinta-feira (05). As embalagens verdes só deverão ser usadas para descartar lixo reciclável, como metal, papel limpo, plástico e vidro; e as de cor cinza para o lixo comum, como restos de alimentos, papel sujo ou lâmpadas. Quem não respeitar as cores será multado.

Entidades comerciais e de defesa do consumidor questionaram a lei. Na semana passada, a Associação SOS Consumidor pediu a suspensão das novas regras em uma ação civil pública, ainda sob análise da Justiça. Uma das preocupações da Associação Paulista de Supermercados é o gasto das novas embalagens.

Em função das queixas, a prefeitura decidiu estender até 5 de abril o prazo de adaptação dos estabelecimentos. Nesse período, equipes do governo farão ações de fiscalização e conscientização, mas ainda não haverá multas. Depois disso, as novas embalagens serão obrigatórias.

Após o prazo, a multa para o comerciante que desrespeitar a regra pode variar entre R$ 500 e R$ 2 milhões, de acordo com o impacto do dano causado. Já o consumidor poderá receber advertência e multa entre R$ 50 e R$ 500, caso repita a infração.

As novas sacolas, verde e cinza, são 40% maiores do que as usadas atualmente, feitas de materiais de fontes renováveis, e devem suportar até 10 kg. Estabelecimentos também poderão usar sacolas menores, de outro material, desde que não seja plástico.