Em 60 dias, sacolas plásticas deverão sumir dos supermercados de São Paulo
As sacolas verdes, de origem vegetal e que agridem menos o meio ambiente, devem invadir os supermercados de São Paulo nos próximos 60 dias. Elas substituirão as sacolas plásticas tradicionais para cumprir legislação que entrou em vigor nesta quinta-feira (05). As embalagens verdes só deverão ser usadas para descartar lixo reciclável, como metal, papel limpo, plástico e vidro; e as de cor cinza para o lixo comum, como restos de alimentos, papel sujo ou lâmpadas. Quem não respeitar as cores será multado.
Entidades comerciais e de defesa do consumidor questionaram a lei. Na semana passada, a Associação SOS Consumidor pediu a suspensão das novas regras em uma ação civil pública, ainda sob análise da Justiça. Uma das preocupações da Associação Paulista de Supermercados é o gasto das novas embalagens.
Em função das queixas, a prefeitura decidiu estender até 5 de abril o prazo de adaptação dos estabelecimentos. Nesse período, equipes do governo farão ações de fiscalização e conscientização, mas ainda não haverá multas. Depois disso, as novas embalagens serão obrigatórias.
Após o prazo, a multa para o comerciante que desrespeitar a regra pode variar entre R$ 500 e R$ 2 milhões, de acordo com o impacto do dano causado. Já o consumidor poderá receber advertência e multa entre R$ 50 e R$ 500, caso repita a infração.
As novas sacolas, verde e cinza, são 40% maiores do que as usadas atualmente, feitas de materiais de fontes renováveis, e devem suportar até 10 kg. Estabelecimentos também poderão usar sacolas menores, de outro material, desde que não seja plástico.