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Bombeiros terão batalhão especializado em emergências ambientais e desastres naturais
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais conta agora com o Batalhão de Emergências Ambientais e Desastres (Bemad), tendo sua base de comando e operação localizada no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi inaugurado nesta terça-feira (25).
A unidade vai reunir bombeiros treinados para atender situações mais complexas em casos de desmoronamentos, deslizamentos e soterramentos, ocorrências com produtos químicos e incêndios florestais. Apenas em 2013, o Corpo de Bombeiros atendeu 473 ocorrências de desabamentos e desmoronamentos, além de 200 registros de soterramentos/deslizamentos.
De acordo com o Tenente Coronel Estevão, do Corpo de Bombeiros, este é o primeiro, e por enquanto o único, Batalhão de Emergências Ambientais do estado. Ele explica que ainda não existe expectativa de implantação de novos batalhões em outras cidades.
“Após a implantação deste batalhão, vamos fazer uma avaliação da demanda e da qualidade nos serviços prestados. Precisamos avaliar a efetividade antes da implantação de unidades no interior.”
Segundo Tenente Coronel Estevão, ainda não há previsão orçamentária para o trabalho do batalhão em 2015 e seu número de integrantes também não está definido, mas o Bemad já conta com sete viaturas e diversos equipamentos para atender emergências ambientais. Apesar das tragédias causadas pelos incêndios florestais este ano em Minas Gerais, ele explica que combate ao fogo é apenas um dos segmentos de trabalho, mas não é o único foco do batalhão.
Para a Amda, a criação do Batalhão é importante e sua atuação pode melhorar em muito o combate aos incêndios. A entidade, no entanto, externa preocupação quanto à amplitude de sua atuação.
“Nossa expectativa é que o batalhão crie cultura de combate ao fogo, pois ela é fundamental para seu enfrentamento. Então, isto deveria ser seu principal foco. Desde 2011, quando 90% do Parque do Rola Moça foi destruído, aguardamos sua criação”, diz Dalce Ricas, superintendente executiva da Amda.
Para a entidade, dotação orçamentária, equipamentos adequados e planejamento para combate aos incêndios em 2015 são condições fundamentais para que o batalhão torne-se realidade.