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Repercute: Descarte incorreto do lixo dá prejuízo mensal de R$ 300 mil ao município
Quem descarta o lixo incorretamente não apenas suja a cidade: desperdiça o dinheiro público e ainda aumenta o risco de inundações no período chuvoso. O que é jogado nas ruas de Belo Horizonte, por exemplo, entope as bocas de lobo. Para limpá-las, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) gasta, em média, R$ 300 mil por mês.
E a quantidade recolhida mensalmente assusta. “Retiramos uma média de 400 toneladas de lixo por mês”, afirmou o chefe do Departamento de Serviços de Limpeza da SLU, Wiliam Costa Pereira.
Além das bocas de lobo, o lixo descartado de forma incorreta no esgoto causa muitos prejuízos. Conforme o superintendente de serviços e tratamento de efluentes da Copasa, Eugênio Silva, materiais sólidos como cotonetes, garrafas pet, papéis não biodegradáveis e gordura lançados na rede de esgoto entopem as tubulações.
Desfazer-se dos dejetos sem o devido cuidado também pode provocar um refluxo do esgoto, jogando de volta os dejetos para as ruas ou residências. “Tiramos, por dia, 35 toneladas de lixo apenas das tubulações”, contou.
O material que mais causa entupimento das tubulações é o óleo de cozinha jogado diretamente no ralo da cozinha. Isso ocorre porque ele se solidifica quando cai no esgoto. Por isso, a forma mais correta de descartar esse produto é armazená-lo em garrafas e encaminhar para a reciclagem.
A Amda apoia a iniciativa da PBH de alertar sobre o descarte lixo e produtos, mas lembra que poder público municipal também é culpado por essa situação, por ter não avançado em seus programas de reaproveitamento e reciclagem de lixo e de materiais. A ONG também destaca que as ações de coleta seletiva estão praticamente estacionadas e até mesmo retrocedendo em alguns aspectos. Nos últimos anos a SLU tem suprimido vários pontos de recolhimento, dificultando as iniciativas de reciclagem. Por mais consciência ambiental que as pessoas tenham, fica difícil agirem corretamente, se o poder público não faz sua parte.